'Estou na UTI, não morri ainda', diz Jair Bolsonaro sobre estar inelegível nas eleições de 2026
Ex-presidente afirma que ainda é cedo para definir eventual herdeiro político e que falta um nome conhecido por todo o Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta segunda-feira (3), que ainda não é o momento de discutir quem poderia substituí-lo na disputa presidencial de 2026. Desde que foi declarado inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na última sexta-feira (30), Bolsonaro está impedido de assumir cargos públicos até 2030. Ainda cabe recurso da decisão da Justiça Eleitoral.
"Não é justo querer dividir meu espólio, eu tô na UTI, eu não morri ainda. Não tem um nome ainda de conhecimento do Brasil todo para fazer o que eu fiz, ao longo desses quatro anos. Nós ajudamos a surgir certas lideranças, como o Tarcísio [de Freitas], que é carioca, torcedor do Flamengo e governador de São Paulo. O [Romeu] Zema [governador de Minas Gerais] tem seu trabalho lá, o pessoal se voltou a ele contra o PT. Outros nomes, bons nomes, apareceram, mas não tem ainda esse carimbo para falar para o Brasil todo 'estamos juntos para 2026'. Espere um pouco mais. Vão aparecer aqueles precoces, [dizendo] 'nem à direta nem à esquerda, vamos para o centro, vamos unir todo mundo", afirmou Bolsonaro, durante entrevista à Jovem Pan.
O ex-presidente chamou o julgamento do TSE, que decidiu por sua inelegibilidade por cinco votos favoráveis e dois contrários, de "completamente sem pé nem cabeça". "Eu podia estar calado, porque agora nem mané eu sou, porque perdi direitos políticos, um julgamento completamente sem pé nem cabeça".
Apesar de deixar em aberto eventual apoio a outro nome da direita, Bolsonaro disse que "não dará conselhos a ninguém". "Aprendi desde cedo que, mais importante do que ter uma informação, é saber como utilizá-la", completou.
Questionado se tem medo de ser preso, o ex-presidente respondeu que poderia ser detido apenas em caso de exceção. "Preso por quê? Só se for na base da arbitrariedade, o que não é novidade aqui no Brasil", declarou, em referência a Mauro Cid, Luis Marcos dos Reis e Max Guilherme, "três dos seus" que estão presos desde 4 de maio, acusados de participação em esquema de fraude de cartões de vacinação contra a Covid. Eles trabalhavam diretamente com Bolsonaro na Presidência da República.
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