Lula participa de Cúpula do G77 em Cuba e depois segue para Assembleia da ONU
Petista vai se encontrar com o presidente cubano, Miguel Díaz, e com o mandatário norte-americano Joe Biden

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca nesta sexta-feira (15) para Havana, capital de Cuba, onde vai se reunir com o presidente cubano Miguel Díaz-Canel e participar da cúpula do G77. Depois, o petista segue para Nova York, nos Estados Unidos, onde vai integrar a Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU). O líder brasileiro deve se encontrar com o presidente norte-americano Joe Biden na próxima semana, no dia 20.
A cúpula do G77 vai ocorrer neste sábado (16) e tem como tema neste ano os "Desafios Atuais para Desenvolvimento e o Papel da Ciência, Tecnologia e Inovação". O encontro do grupo, que reúne 134 nações em desenvolvimento, mais a China, vai ocorrer em Havana, uma vez que Cuba detém a atual presidência do G77. No próximo ano, será a vez de Uganda.
"Os objetivos são a consolidação da unidade de influência dos países em desenvolvimento em negociações multilaterais, inclusive em matérias de mudança do clima, a promoção da solidariedade da cooperação internacional no contexto da recuperação pós-pandemia de Covid-19 e o impulso à reforma da governança financeira internacional", disse o embaixador Carlos Márcio Cozendey, secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Itamaraty.
Segundo interlocutores do governo, está prevista para o final do evento uma declaração dos países do G77. "O grupo fornece os meios para os países do Hemisfério Sul articularem e promoverem seus interesses econômicos e coletivos e melhorarem sua capacidade de negociação conjunta em todas as questões econômicas internacionais e promover a cooperação sul-sul para o desenvolvimento", diz a ONU.
Ainda no sábado, Lula vai se reunir de forma bilateral, às 10h30 (horário local), com Qu Dongyu, diretor-geral da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO), e com o presidente de Cuba. Depois, no domingo (17), o presidente brasileiro segue para Nova York para a Assembleia-Geral da ONU, onde vai realizar o primeiro discurso da cerimônia, como ocorre tradicionalmente desde 1945.
"Essa presença [de Lula] na Assembleia-Geral está seguindo uma sequência de reuniões importantes. Tinha o Brics, CPLP, G20. De certa forma, essa presença na ONU coroa um início de governo que o presidente buscou ter uma atuação bem intensa para recolocar o Brasil no cenário internacional, retomar a participação ativa nos fóruns multilaterais", informou o secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Itamaraty.
Neste ano, a assembleia da ONU contará com o anúncio de medida em conjunto do petista com o presidente norte-americano, Joe Biden, em torno de uma iniciativa em defesa do trabalho decente. A matéria faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pela ONU em 2015. Entre as ações propostas estão, até 2030, alcançar o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todas as mulheres e homens, inclusive para os jovens e pessoas com deficiência, e a remuneração igual para trabalho de igual valor.
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