Economia

PIX completa três anos e dinamiza economia de Maragogi

Modalidade de transação se consolidou em todo o Brasil e muda a relação de consumo na cidade do Litoral Norte de Alagoas

Por Maurício Silva 17/11/2023 15h03
PIX completa três anos e dinamiza economia de Maragogi
Vendedora de macaxeira exibe o código QR Code do seu PIX para comercializar em Maragogi. Foto: Isac Silva - Foto: Isac Silva / 7Segundos

O PIX completou três anos de implantação no Brasil nesta quinta-feira (16) e a modalidade de transação se consolidou em todo o país e de acordo com o Banco Central (BC), todo mês, pelo menos 110 milhões de brasileiros usam o meio para fazer transações. Em Maragogi, no Litoral Norte de Alagoas, o PIX dinamizou a economia e mudou a relação de consumo na Capital da Costa dos Corais.

Maragogi é o segundo polo turístico do Estado e possui o 10º Maior Produto Interno Bruto (PIB) de Alagoas e o PIX vem sendo uma ferramenta fundamental para a economia na cidade litorânea. Com o uso de PIX, caíram as transações por cartão de crédito e débito, cheque, boletos, dinheiro em espécie e até as vendas fiado.

O PIX não favoreceu apenas os grandes e médios negócio, o pequeno comerciante também aderiu ao modelo, como é o caso da Shirley Rodrigues, de 47 anos de idade, que vende macaxeira no Centro de Maragogi. “Faz um ano que vendo macaxeira aqui na praça Santo Antônio. Quando comecei não tinha PIX e estava perdendo muitos clientes por falta de PIX e resolvi fazer e é muito bom. Uso as chaves do QR Code e email”, comunicou.

Shirley Rodrigues disse que perdeu dinheiro por não ter aderido ao PIX antes. “Passei quase seis meses lutando para não fazer o PIX, que eu achava que a turma podia roubar e eu vi que estava tendo muito prejuízo, perdendo muito dinheiro. Depois analisei e vi que o PIX é a melhor ideia e não tenho o que reclamar da modalidade. Hoje em dia recebo mais em PIX de que em dinheiro”, contou.

O senhor José Pereira dos Santos, de 68 anos, vende caldo de cana no Centro de Maragogi. Ele é analfabeto e teve que aderir ao PIX. “Hoje eu trabalho com PIX no nome da minha nora. Faz dois meses que comecei a receber por PIX e notei a diferença. Eu deixei de perder clientes quando botei o PIX. O cliente chegava perguntava se tinha PIX, eu não tinha, e o cliente ia embora”, relatou. Ano passado, quando o PIX completou dois anos, ele foi entrevistado pelo 7Segundos e na reportagem ele relatou que estava tendo muito prejuízo por não aderir.

A consumidora Lauana Oliveira, de 27 anos, usa PIX com frequência, mas ainda é um pouco cautelosa. “Hoje há uma grande facilidade em pagamentos onde hoje quase ninguém anda com dinheiro porque até um vendedor de pipocas aceita PIX. Facilitou muito, mas temos que usar com moderação porque não sabemos quando o golpe virar contra nós”, disse.

O senhor David Andrade, de 61 anos, demorou para aderir, mas hoje acha o melhor meio. “Eu demorei para me atualizar, mas hoje faço praticamente tudo pelo PIX: abastecer, comprar alimentos... É uma a uma benção para os netos ou filho eu mando por PIX. Facilitou muito essa coisa deu certo”, frisou.

Números do PIX

Segundo o Banco Central, até o dia 31 de outubro desse ano, o PIX movimentou R$ 29,7 trilhões em 66,5 bilhões de transações, de acordo com a autoridade monetária, e se consolidou como a forma de pagamento mais utilizada pelo brasileiro — isso representa uma média de R$ 27,5 milhões movimentados por dia.

Seu José Pereira dos Santos disse que o prejuízo era grande por conta que não tinha PIX. Foto: Isac Silva

Com apuração de Isac Silva*