Política

Lula diz que Brasil não gastará o que não tem e aposta em crescimento de 3,5% do país

Presidente também voltou a destacar que é importante o dinheiro circular para a economia do país crescer

Por R7 27/09/2024 09h09 - Atualizado em 27/09/2024 09h09
Lula diz que Brasil não gastará o que não tem e aposta em crescimento de 3,5% do país
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República - Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva contou sobre o encontro que teve com as agências de risco em Nova York na segunda-feira (23) e disse que tinha “curiosidade” em saber qual critério que elas adotam para avaliar o Brasil. O chefe do Executivo afirmou que o governo não gastará o que não tem e que está “apostando” que o País chegará a 3,5% de crescimento neste ano. “Fiz reunião com empresas de rating em Nova York, aquelas empresas que medem o crescimento da nossa economia. Não é habitual um presidente da República se reunir com empresas de ‘rating’, mas eu tinha curiosidade de saber o seguinte: qual é o critério que elas adotam para avaliar o Brasil? Com quem elas conversam?”, contou o petista, em reunião nessa quinta-feira (26) no Palácio do Planalto.

Participaram do encontro de hoje a ministra do Planejamento, Simone Tebet, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, e os governadores Elmano de Freitas, do Ceará, e Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul. O áudio foi disponibilizado depois da agenda pela Secretaria de Comunicação Social da presidência.

Lula contou que pediu que as agências de risco contassem com quem conversam para avaliar o Brasil: “Se vão na Faria Lima apenas, se leem editoriais dos jornais, se vão ao Banco Central” disse. “Porque eu nunca fui perguntado por ninguém sobre o Brasil, nem em pesquisa eleitoral, muito menos em pesquisa de avaliação político-econômica do Brasil.”

O chefe do Executivo, então, disse que as agências de risco “têm que prestar atenção” que o governo está entregando promessas que fizeram desde o início da gestão, como o arcabouço e a reforma tributária. “Não é uma coisa de agora”, afirmou.

“As coisas estão desenhadas e nós agora estamos vendo a economia surpreender não a mim, mas os famosos analistas, alguns muito pessimistas de que o Brasil ia crescer apenas 0,8% no primeiro ano, surpreendemos crescendo 3%, e agora diziam que a gente ia crescer 1,5%. Estou fazendo uma aposta de que vamos chegar a 3 5%”, comentou.