‘Não aconteceu nada que eu precise falar’, diz Barroso após sanções dos EUA a autoridades
Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou a restrição de vistos a ‘cúmplices na censura a americanos’
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quarta-feira (28), que “não aconteceu nada que precise falar” sobre a decisão dos Estados Unidos de restringir a concessão de vistos a autoridades de outros países. A declaração ocorreu após o ministro ser questionado por jornalistas.
Nesta quarta, o Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou a restrição de vistos a “cúmplices na censura a americanos”. O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que a nova política do país “se aplicará a autoridades e indivíduos estrangeiros”.
Em publicação no X, Rubio justificou a medida afirmando que “por muito tempo, americanos foram multados, assediados e até processados por autoridades estrangeiras por exercerem seu direito à liberdade de expressão”.
Questão soberana de cada país, diz chanceler
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, avaliou que a decisão dos Estados Unidos é uma “questão soberana”, que cabe ao próprio país.
“A questão de conceder visto é questão única e exclusivamente da alçada do país que emite o visto. E acho que até por isso temos um registro, uma exigência de vistos para muitos países. Porque se precisa ter um controle sobre as pessoas que entram. Mas isso é uma questão soberana de cada país, conceder ou negar. E não tem que dar explicação”, afirmou Vieira.
A avaliação foi dada a deputados, durante audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Ao divulgarem a medida, os Estados Unidos não citaram diretamente nenhum país, mas mencionaram a América Latina para justificar o ato.
Vieira, no entanto, disse que a entrada de autoridades nos EUA é garantida por acordos internacionais, o que poderá diminuir o impacto da decisão do governo norte-americano.
“Os vistos de participação em reuniões multilaterais, como as Nações Unidas e a OEA [Organização dos Estados Americanos], os acordos de sede obrigam o país a conceder [o visto]. Portanto, não acontecerá. Agora, a questão de conceder visto é única e exclusivamente da alçada do país que emite o visto”, reforçou o chanceler brasileiro.
Veja também
Últimas notícias
Vestibulares do Ifal têm inscrições abertas em seis campi
Crianças ficam feridas após caírem da sacada de casarão abandonado no Jaraguá
Justiça decreta prisão temporária de suspeito de matar ex-companheira em Pindorama
Cliente diz ter sido expulsa de loja e caso acaba em demissão
Saiba quem eram as vítimas sequestradas e assassinadas na Grota do Rafael
DMTT regulamenta uso de barreiras plásticas para coibir estacionamento irregular
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
