STF dá 15 dias para Bolsonaro e outros seis réus apresentarem alegações finais
Manifestações são enviadas por escrito e analisadas pelos ministros da Primeira Turma da Corte

A partir desta quarta-feira (30), começa a contar o prazo de 15 dias para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros seis réus da chamada trama golpista apresentem suas alegações finais no processo que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal). Essa é a etapa final da ação penal antes do julgamento.
Além de Bolsonaro, devem se manifestar as defesas de:
Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin;
Almir Garnier, almirante da reserva e ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
Augusto Heleno, general da reserva e ex-ministro do GSI;
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto, general da reserva e ex-ministro da Casa Civil.
A fase foi iniciada por determinação do relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, que classificou o grupo como o “núcleo crucial” da articulação que tentou derrubar o Estado Democrático de Direito.
Etapa final antes do julgamento
As alegações finais são uma espécie de memorial: cada parte resume seus argumentos com base nas provas reunidas ao longo da instrução processual. As manifestações são enviadas por escrito e analisadas pelos ministros da Primeira Turma do STF, mas não são obrigatoriamente seguidas. Cada ministro decide de forma independente.
A previsão é que os documentos sejam entregues até o dia 13 de agosto, mesmo durante o recesso do Judiciário, que termina em 31 de julho. Isso porque há um réu preso no caso — o general Braga Netto — o que mantém os prazos em curso, conforme prevê a legislação.
O que já foi entregue
A PGR (Procuradoria-Geral da República) já apresentou suas alegações finais em julho. No parecer, o procurador-geral Paulo Gonet pediu a condenação dos oito acusados, incluindo Bolsonaro. Segundo ele, o grupo atuou de forma coordenada para subverter o processo eleitoral, com ações que envolvem o uso das Forças Armadas, espionagem ilegal, manipulação de dados e até planejamento de sequestros de autoridades.
Em seguida, entregou suas alegações à defesa do tenente-coronel Mauro Cid, que tem acordo de delação premiada. Os advogados pedem a absolvição do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, sob o argumento de que ele cumpria ordens superiores e não teve intenção de atentar contra o Estado de Direito. Por ser réu colaborador, Cid apresenta sua manifestação antes dos demais.
Crimes atribuídos ao grupo
Os integrantes do chamado núcleo 1 da trama golpista respondem por cinco crimes:
Organização criminosa armada;
Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
Golpe de Estado;
Dano qualificado contra o patrimônio da União;
Deterioração de patrimônio tombado.
Após o envio das alegações finais de todas as defesas, o processo estará pronto para julgamento. A expectativa é que isso ocorra entre o fim de agosto e o início de setembro.
Veja também
Últimas notícias

Alckmin destaca avanços com os EUA após conversa entre Lula e Trump

Kel Ferreti chora em vídeo após anúncio de nova denúncia no Fantástico: ‘Que Deus me proteja’

Prefeitura de Maceió participa da abertura da Maratona de Inovação da Nasa

Motociclista fica ferido após acidente em frente ao Fórum de Campo Alegre

HGE inicia o fim de semana realizando captação de dois rins e um fígado para transplante

Homem é assassinado com golpes de facão em São Sebastião
Vídeos e noticias mais lidas

Homem confessa que matou mulher a facadas em Arapiraca e diz ela passou o dia 'fazendo raiva'

Empresário arapiraquense líder de esquema bilionário perseguia juízes e autoridades, diz ex-mulher

Quem era 'Papudo': líder de facção de altíssima periculosidade morto confronto em Arapiraca

Alvim critica 'Democracia em Vertigem': "Ficção da esquerda"
