Governo Trump restringe vistos para Assembleia Geral da ONU e Brasil avalia recorrer
Itamaraty pode abrir um procedimento arbitral dentro da própria ONU para conseguir autorização da comitiva
Uma semana antes do início do Debate Geral na Assembleia Geral das Nações Unidas, o governo brasileiro ainda não recebeu todos os vistos da comitiva que acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na viagem à ONU, em Nova York.
O governo brasileiro poderá, se houver restrições ao país, como ameaçou o presidente Donald Trump, abrir um procedimento arbitral dentro da própria ONU, segundo informações do Ministério das Relações Exteriores.
O Itamaraty confirmou que há pendências, mas não apresentou nesta segunda-feira (15) um panorama de quantos vistos faltam ser emitidos.
Na semana passada, o Itamaraty já protestou durante reunião de um comitê das Nações Unidas sobre a restrição de acesso ao país, o que viola o acordo de sede da ONU. O encontro foi convocado para questionar o anúncio de que Donald Trump não credenciaria a comitiva oficial da Palestina.
Ao menos dois ministros de Estado, Alexandre Padilha (Saúde) e Ricardo Lewandowski (Justiça), tiveram visto pessoal ou de seus familiares cancelados nas últimas semanas, como medida punitiva adotada pelos EUA no embate com o governo Lula. A questão segue pendente, segundo diplomatas.
Assembleia Geral da ONU
Na próxima semana, Lula participa da Assembleia Geral das Nações Unidas e realiza, como é de praxe, o discurso de abertura no evento, no dia 23. A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores na manhã de hoje.
Antes do evento principal da viagem do presidente aos Estados Unidos, Lula participa da abertura da semana do clima, no dia 22. O evento tem como objetivo discutir mudanças para combater a crise climática e a transição energética.
No mesmo dia, o petista participa da reunião promovida pelos governos da França e da Arábia Saudita em relação à Palestina. O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que o país reconheceria o Estado da Palestina em setembro.
Na última sexta-feira (12), a ONU aprovou a Declaração de Nova York, com o objetivo de estimular uma solução de dois Estados para o conflito na Faixa de Gaza.
“Hoje, sob a liderança da França e da Arábia Saudita, 142 países adotaram a Declaração de Nova York sobre a implementação da Solução de Dois Estados. Juntos, estamos traçando um caminho irreversível rumo à paz no Oriente Médio”, disse Macron nas redes sociais.
“França, Arábia Saudita e todos os seus parceiros estarão em Nova York para tornar este plano de paz uma realidade na Conferência sobre a Solução de Dois Estados”, acrescentou.
No dia seguinte à Assembleia Geral da ONU, Lula presidirá um encontro sobre democracia. Discussões sobre multilateralismo e defesa da democracia mundo afora farão parte do debate realizado em Nova York.
Ainda no dia 24, o presidente brasileiro participa da Cúpula das NDCs (sigla em inglês que se refere às Contribuições Nacionalmente Determinadas, compromissos que os países assumem para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa).
O evento é organizado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres. O objetivo do encontro é promover um debate sobre as dificuldades de cumprimento desses compromissos nacionais e o que é possível fazer para melhorar as respostas coletivas dos países.
Lula viaja no fim de semana aos Estados Unidos e deve retornar após essas agendas. Segundo o Itamaraty, não estão definidas todas as reuniões bilaterais que o presidente brasileiro terá com chefes de Estado de outros países durante a sua estadia em Nova York.
A única já confirmada é com o secretário-geral da ONU logo antes da participação de Lula na abertura da Assembleia Geral.
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