Alfredo Gaspar cobra explicações para advogado Nelson Wilians em depoimento na CPMI do INSS
Depoimento ocorreu nesta quinta-feira (18)

O relator da CPMI do INSS, deputado federal Alfredo Gaspar, colheu nesta quinta-feira (18) o depoimento de Nelson Wilians, sócio de um dos maiores escritórios de advocacia do Brasil, convocado a prestar esclarecimentos por estar sendo investigado pela Polícia Federal devido à sua ligação com Maurício Camisotti no esquema bilionário que desviou recursos de aposentados e pensionistas.
Para o parlamentar, a postura do depoente, marcada por respostas evasivas e pelo silêncio, deixou claro que ele não tem explicações para questões simples que deveriam ser apresentadas de forma cristalina. “Ele chegou aqui como testemunha e saiu como provável investigado pela CPMI. Não havia motivo para se calar diante de perguntas diretas. O silêncio dele falou mais alto que qualquer resposta”, afirmou Alfredo Gaspar.
O relator lembrou a dimensão do escritório de Nelson Wilians, com centenas de advogados e uma extensa carteira de clientes, para criticar ainda mais a conduta do depoente. “Estamos falando de um advogado que comanda um dos maiores escritórios do país, mas que preferiu fugir das perguntas. Eu esperava outra postura. Em termos de expectativa, ele saiu menor do que entrou na CPMI”, disse.
Durante o depoimento, Alfredo Gaspar questionou se a fortuna de Wilians teria relação com os desvios de aposentados e pensionistas e se a Polícia Federal teria errado ao incluí-lo nas investigações. O advogado respondeu: “Se a PF achou que aquele seria o caminho, é o direito dela. A mim cabe respeitar, a mim cabe acatar. Eu não acho que ela errou”.
Para o relator, o episódio reforça a importância da CPMI em avançar contra todos os envolvidos. “Quem chega como testemunha pode sair como investigado. A ausência de respostas só aumenta nossa responsabilidade de aprofundar a apuração. Estamos falando de cerca de R$ 6 bilhões desviados dos aposentados e pensionistas brasileiros. Até agora, mapeamos apenas uma parte desse esquema. Existem outras estruturas criminosas que precisam ser desvendadas, e nós vamos atrás de todas”, destacou Alfredo Gaspar.
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