Secult abre 6ª Teia Estadual de Pontos de Cultura com cortejos, formação e debates em Japaratinga
Mais de 50 Pontos de Cultura participam do encontro, que prepara Alagoas para a Teia Nacional 2026
A 6ª Teia Estadual de Pontos de Cultura de Alagoas começou nessa terça-feira (9), em Japaratinga, reunindo mais de 50 Pontos de Cultura de todas as regiões do estado. O primeiro dia do encontro foi marcado por cortejos, apresentações de grupos da cultura popular e uma série de momentos formativos que abriram oficialmente a preparação de Alagoas para a 6ª Teia Nacional dos Pontos de Cultura, que acontecerá em março de 2026, no Espírito Santo.
Logo no início da manhã, representantes culturais chegaram ao hotel para o credenciamento e receberam os kits do evento. A caminhada de abertura tomou as ruas com o “Bumba Meu Boi Zé do Boi”, seguida da apresentação do Guerreiro Raio de Sol, comandado pela Mestra Marilene.
A mesa oficial contou com a presença de autoridades do Governo de Alagoas e do Ministério da Cultura. Entre elas, a secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas; o secretário executivo de Políticas Culturais, Milton Muniz; o superintendente de Economia Criativa, Fomento e Incentivo à Cultura, Wyllyson Santos; o coordenador-geral de Articulação da Cultura Viva no MinC, Leandro Artur Anton; o coordenador do escritório regional do MinC em Alagoas, Pedro Verdino; além de lideranças municipais, como a secretária de Educação de Japaratinga, Zeza Pereira, e a diretora de Cultura do município, Claudinete Rocha.

A Mestra do Patrimônio Vivo de Alagoas, Vânia Oliveira, representou a rede de mestres e mestras da cultura tradicional. O momento também contou com falas de Lucélia Silva, representante da juventude dos Pontos de Cultura, e com a exibição de um vídeo enviado por Márcia Rollemberg, secretária nacional de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC.
Na abertura, a secretária Mellina Freitas destacou que o encontro fortalece a base cultural do estado e amplia a rede que sustenta o Programa Cultura Viva. “Esta Teia é um espaço de afeto e articulação, mas também de construção de políticas públicas sólidas. Quando reunimos tantos Pontos de Cultura, reafirmamos nosso compromisso com quem cria, preserva e movimenta a cultura alagoana todos os dias. O Governo de Alagoas segue trabalhando para ampliar oportunidades, fortalecer a sustentabilidade e garantir que a voz de cada ponto seja ouvida na Teia Nacional”, afirmou.
“A Teia é um símbolo. Ela representa o entrelaçar de histórias, lutas e sonhos. Cada fio dessa rede tem sua importância, nenhum Ponto de Cultura existe sozinho. E é por isso que estamos aqui, para fortalecer esses laços, para ampliar o diálogo e para reafirmar, em nome do governador Paulo Dantas, que a política de base comunitária continua sendo prioridade do Estado”, destacou a secretária.

Planejamento, diálogos e construção coletiva
Na sequência, os produtores culturais Marco Antonio e Nicole Freire apresentaram a dinâmica geral dos três dias de programação, detalhando como serão organizados os debates e grupos de trabalho. Logo depois, o representante do Ministério da Cultura, Leandro Anton, conduziu uma conversa sobre os objetivos e finalidades da 6ª Teia Nacional e o fortalecimento da Rede Cultura Viva em Alagoas.
“Nós podemos ter divergências e diferenças, isso faz parte da política, da construção e realmente do enriquecimento da nossa sociedade. Mas o diálogo, ele é fundamental. E um país é feito da união dos estados e municípios. Os estados e municípios têm autonomias, mas têm vínculos sobre o país, sobre o Brasil. A partir de políticas como a cultura viva, nós chamamos os direitos culturais para fortalecer os direitos sociais. A trajetória dos terreiros, dos quilombos, dos povos indígenas, das nossas periferias e da nossa cultura tradicional e popular é um direito cultural que afirma seus direitos sociais, a sua identidade”, disse Leandro.
Após o almoço, o período da tarde foi dedicado à integração dos participantes em uma dinâmica conduzida por Martha Barbosa. Em seguida, começaram os estudos dos três eixos centrais do encontro, que são Plano Nacional de Cultura Viva para os próximos 10 anos (Eixo 1), Governança da Política Nacional de Cultura Viva (Eixo 2) e Cultura Viva, Trabalho e Sustentabilidade da Criação Artística (Eixo 3).
Para o superintendente de Economia Criativa, Fomento e Incentivo à Cultura, Wyllyson Santos, a Teia reafirma o papel dos Pontos de Cultura como protagonistas das transformações sociais. “A força da Cultura Viva está na sua capilaridade e na autonomia dos coletivos. Aqui em Japaratinga vemos uma rede viva, disposta a pensar políticas de longo prazo e a fortalecer a economia criativa com responsabilidade, participação social e sustentabilidade. A Teia é um grande laboratório de futuro”, destacou.

A programação segue até quinta-feira (11), com cortejos, plenárias, apresentações artísticas, leitura de propostas, aprovação coletiva e a eleição dos delegados que representarão Alagoas na etapa nacional.
“A expectativa é aprender mais, trocar experiências e acompanhar as propostas que vão surgir nos próximos dias. Estamos atentos ao que será construído coletivamente para fortalecer os Pontos de Cultura, dos quais fazemos parte”, disse o agente cultural José Leão.
“É importante estarmos nessa Teia porque aqui conhecemos diferentes expressões culturais, fortalecemos nossa atuação e contribuímos para a construção de políticas públicas que valorizam tanto cada ponto individualmente quanto a rede como um todo”, disse a agente cultural de União dos Palmares, Dorinha.
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