Equipes de buscas por dupla no Amazonas prendem um suspeito
Polícia Federal detalha investigações em coletiva de imprensa
A Polícia Federal (PF) do Amazonas detalhou as investigações do desaparecimento do indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, correspondente do jornal “The Guardian”, em uma coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (8).
As equipes de buscas prenderam um primeiro suspeito.
“Desde o primeiro dia, nós já fizemos incursões com as embarcações dos órgãos de segurança aqui presentes. No segundo dia, nós já conseguimos apoio de aeronaves. Então nós temos helicópteros lá, eles estão sobrevoando a área”, afirmou o superintendente regional da Polícia Federal do Amazonas, Eduardo Alexandre Fontes.
O delegado confirmou que trata-se de uma região perigosa, especialmente por questões envolvendo tráfico de drogas, exploração ilegal de madeira e garimpo.
Segundo ele, há um efetivo de 250 homens envolvidos na operação, duas aeronaves, três drones, 16 embarcações e 20 viaturas.
Novas informações devem ser divulgadas diariamente, a partir desta quinta-feira (9), às 16h.
Além do superintendente, estavam presentes autoridades do Exército, Marinha, Polícia Federal, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Segurança Pública, que integram o gabinete de crise instalado para a operação.
O secretário de Segurança Pública do Amazonas, General Mansur, informou que o suspeito que está sob custódia portava material bélico estranho. Até o momento, porém, não há confirmação de seu envolvimento com o caso.
“Encontramos uma pessoa que estava com munição 762, estava com chumbinho de espingarda de armamento de caça. É uma munição de uso restrito das Forças Armadas, a pessoa não tem permissão, então ela foi presa em flagrante”, explicou. Segundo o general, além disso, o suspeito portava drogas.
Sem dar detalhes, o general informou que os agentes também estão com material apreendido para investigação, que pode ter relação com o caso. Por enquanto, segundo ele, os trabalhos se concentram em localizar os desaparecidos. “Não temos indícios fortes de crime”, pontuou.