Lula diz que Brasil não precisa de teto de gastos e chama regra de “irresponsável”
Petista critica mecanismo que congela investimentos públicos e defende governo que crie “estabilidade e previsibilidade” no país
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar nesta quarta-feira (27) as regras que limitam os gastos do governo federal e defendeu mais investimentos em áreas como saúde, educação, ciência e tecnologia. Ele chamou o mecanismo de controle das contas públicas de “irresponsável”.
“Não preciso de teto de gastos, quando você faz uma lei de teto de gastos é porque é irresponsável, porque você não confia no seu taco e não confia no que vai fazer. Quem é que obrigou a fazer esse teto de gastos, foi a Faria Lima? Foi o sistema financeiro? Sem se importar que o povo é dono de uma parte?”, questionou em entrevista ao portal UOL.
O teto de gastos foi aprovado ainda em 2016, durante o governo de Michel Temer (MDB). O mecanismo limita os gastos públicos em 20 anos, com aumentos que seguem os índices de inflação.
Segundo o petista, a regra ignora a necessidade de investimentos na saúde, “para acabar com a fome, para acabar com o desemprego, para aumentar salário, para melhorar as coisas nesse país” e classificou a medida como desnecessária se houver previsibilidade no Brasil.
“O país não precisa de teto de gastos. Precisa de governo que tenha credibilidade, que garanta estabilidade e que tenha previsibilidade. Digo desde 1989 que aprendi economia com uma mulher analfabeta que pegava meu holerite e distribuía as coisas dentro de casa. Sei que não posso gastar mais do que eu tenho”, afirmou.
Para Lula, gastos com educação, saúde, ciência e tecnologia não deveriam ser considerados como gastos, mas como “investimento”.
“Temos que parar de nos perguntar o que é gasto e o que não é gasto e começar a responder quanto custou não fazer as coisas na hora certa, não investir educação no começo do século passado. Quanto custou não investir em saúde no momento certo? Esse país ficou sempre pra trás, foi último a abolir escravidão, o último a ter universidade”, disse.
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