Ações da Petrobras valorizam mais de 80% em um ano com alta do petróleo
Valorização do petróleo teve início com a retomada da atividade econômica, após o período mais crítico da pandemia de Covid-19, e foi intensificada pela guerra na Ucrânia, dizem especialistas

Com a valorização do barril de petróleo observada mundialmente, a Petrobras viu suas ações dispararem.
As preferenciais (PETR4) saíram de R$ 18,61, em 26 de julho de 2021, para R$ 34,15 na última sexta-feira (29), um dia após o aviso de lucros de R$ 54,3 bilhões no segundo trimestre deste ano. O aumento dos papéis foi de 83,5%.
No caso das ordinárias (PETR3), a alta foi ainda mais expressiva no período: 90%, com um salto de R$ 19,45 para R$ 36,96.
Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, aponta que a valorização do petróleo teve início com a retomada da atividade econômica, após o período mais crítico da pandemia de Covid-19.
“A gente tem que pensar no que aconteceu em julho de 2021. As pessoas começaram a se vacinar e se sentir mais seguras para começar a circular mais, então a gente começou a ver uma demanda maior, global, por petróleo”, disse Imaizumi.
“O preço do petróleo começou a crescer, as vendas de combustíveis também tiveram um crescimento forte e isso fez com que a valorização de preço das ações da Petrobras acontecesse.”
O petróleo tipo Brent, usado como referência pela Petrobras, fechou a última semana cotado a US$ 110 (+2,68%).
A commodity subiu por conta da expectativa de uma oferta global enxuta em meio à continuidade do conflito no Leste Europeu e relatos de menor produção em junho pela Organização de Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+).
Para Joelson Sampaio, economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o preço da commodity deve continuar em alta no restante do ano.
“O barril de petróleo subiu muito no último ano e no início deste. Isso favoreceu o mercado. A guerra na Ucrânia ainda trouxe várias incertezas sobre o combustível. Tudo isso vai colaborando para uma valorização da companhia”, colocou.
Já Adriano Pires, que chegou a ser indicado para a presidência da Petrobras este ano e é diretor da empresa Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), argumenta que a manutenção da política de preços de paridade com o mercado internacional também contribuiu para o crescimento do valor da companhia.
O preço elevado dos derivados, como gasolina e diesel, foi um dos fatores que levou ao lucro de R$ 54,3 bilhões pela Petrobras no segundo trimestre deste ano.
Pires também destaca que a redução da dívida da Petrobras, que caiu 9% em relação ao primeiro trimestre e ficou em US$ 53,6 bilhões, também mostra uma capacidade de saneamento da empresa.
Com esse cenário e os dividendos recordes de R$ 87,8 bilhões anunciados, as ações têm chamado a atenção no mercado.
O diretor do CBIE acredita que as ações poderiam estar até mais valorizadas, mas sofrem os efeitos políticos por conta de a Petrobras ser uma estatal.
“A Petrobras está num setor que é de capital intensivo, precisa de muito investimento, muito dolarizado. E há uma descontinuidade na gestão. A cada quatro ou oito anos, você muda o acionista majoritário, que é o governo. Se você pegar empresas de petróleo, os presidentes ficam 15, 20 anos. Isso acaba interferindo”, opinou.
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