Grupo de Palmeira dos Índios se manifesta pedindo que as Forças Armadas assumam comando do país
Manifestantes não aceitam resultado das eleições democráticas que impuseram derrota de Bolsonaro
Um grupo de moradores de Palmeira dos Índios aderiu à onda de protestos contra o resultado democrático da eleição ocorrida no último domingo (30) e fazem uma manifestação pedindo que as Forças Armadas assumam o comando do país.
O protesto acontece na frente do Tiro de Guerra 07-007, ao som do hino nacional. Vestidos com camisas da Seleção Brasileira ou nas cores verde e amarela eles pedem intervenção federal no resultado das eleições e alegam estar protestando contra a censura e conta o socialismo.
“Eu tenho 70 anos e luto pela minha filha que tem 11 anos e pelo meu neto que tem um ano. A gente tem que lutar, cada um [de nós]. As pessoas passam e apontam que aqui tem apenas quatro pessoinhas, mas não é [só isso]. Se for nas grandes capitais os quartéis estão cheios desde ontem. Nas estradas tem mais de 200 pontos parados no Brasil. Às vezes as pessoas falam mal dos caminhoneiros, mas eles estão fazendo o certo, eles começaram ontem a pedir a questão do [artigo] 142, que eu não concordo. A gente não quer a aplicação dessa lei, mas a gente ser a interferência das Forças Armadas do nosso Brasil. Jesus disse: se quiser pedir alguma coisa ao meu Pai, peça em meu nome que Eu dou. Ele quis dizer que recebeu todo o poder no céu e na terra para nos dar o que é bom, a paz, a graça e a verdade” afirmou um dos manifestantes.
De acordo com os bolsonaristas, a expectativa é de que, no período da tarde, mais 80 pessoas se juntem ao protesto, incluindo moradores de cidades vizinhas.
Em Palmeira dos Índios, o presidente Jair Bolsonaro (PL) obteve 13.468 votos, que correspondem a 36,07% da preferência do eleitorado. Já o presidente eleito Lula (PT) ficou com 63,93% dos votos válidos, ou 23.869 votos.
O município contabilizou um total de 93,02% de votos válidos, excluindo 483 eleitores (1,2%) que votaram em branco e 2.318 eleitores (5,78%), que votaram nulo.