Batalhão abre medida administrativa contra militar de Palmeira dos Índios acusado de feminicídio
Comandante afirma que instituição faz buscas por acusado e pretende apresentá-lo à delegacia
O 10º Batalhão da Polícia Militar abriu procedimento administrativo contra o PM acusado de cometer feminicídio na noite de quarta-feira (20) em um hotel no município de Palmeira dos Índios. O suspeito do crime foi convocado à comparecer à sede do BPM e entregar a sua arma de fogo, possivelmente a mesma usada no crime.
O comandante do batalhão, Major Carlos Alberto informou que a medida é necessária para resguardar a imagem e o nome da instituição militar. "Por se tratar de um crime de justiça comum, a partir do momento que o encontrarmos, faremos a devida condução para da delegacia, que já está com a investigação em andamento", declarou.
A Polícia Civil já trata o assassinato de Solange Silva, 44, como feminicídio. Ela mantinha um relacionamento com o policial militar, apontado como principal suspeito.
Na manhã desta quinta-feira (21), familiares da vítima foram até o IML para os procedimentos de liberação do corpo, mas se recusaram a conceder entrevistas. Apenas confirmaram que Solange mantinha relacionamento com o suspeito e não sabiam se houve algum episódio de violência anterior ao assassinato.
"Se aconteceu, ninguém sabia", relatou um conhecido da família.
Solange era natural de Palmeira dos Índios, trabalhava como vendedora ambulante na feira, e deixa dois filhos, uma jovem de 26 e um rapaz de 24.
Ela foi assassinada com tiro na cabeça na noite de quarta-feira no hotel em que ela residia atualmente, no Centro de Palmeira. Vizinhos ouviram os disparos de arma de fogo e acionaram o Corpo de Bombeiros, mas a vítima morreu antes de receber os primeiros socorros.
Conforme relatos feitos à polícia, o casal teria brigado por ciúmes antes do ocorrido.
O autor do crime teria fugido do local logo após os disparos e até o início da tarde desta quinta não foi encontrado.
O corpo de Solange Silva deve ser sepultado em Palmeira.