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SP: Metanol foi adicionado e não surgiu de destilação natural, diz perícia

Análises feitas até agora pelo Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo apontam que substância foi colocada em bebidas

Por CNN 08/10/2025 09h09
SP: Metanol foi adicionado e não surgiu de destilação natural, diz perícia
São Paulo registra 18 casos de intoxicação e três mortes - Foto: Governo de SP

O Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo afirmou que, até o momento, as análises realizadas apontam que o metanol foi adicionado às bebidas alcoólicas e não são resultado de destilação natural.

Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) afirmou que atua integralmente nas perícias de constatação e concentração das amostras apresentadas pela Polícia Civil, assim como na análise documentoscópica de rótulos e lacres dos recipientes.

Não foram informados o número de garrafas analisadas nem as localidades de coleta das amostras.

O governo de São Paulo já havia confirmado, na segunda-feira (6), que a perícia da Polícia Científica detectou a presença de metanol em análises de bebidas alcóolicas de duas distribuidoras da capital paulista.

Em um novo boletim atualizado nesta terça-feira (7), o governo paulista confirmou 18 casos de intoxicação por metanol, com três mortes registradas. As vítimas confirmadas são dois homens, de 54 e 46 anos, moradores da capital paulista, e uma mulher, de 30 anos, residente em São Bernardo do Campo.

Linhas de investigação

O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur Dian, informou à CNN Brasil que as autoridades trabalham com duas linhas de investigação referentes à contaminação de bebidas alcoólicas por metanol.

A tese mais aceita até o momento é que o metanol tenha sido utilizado no momento da falsificação da bebida de forma acidental ou proposital. “A gente acha que pode ter sido usado o etanol comprado no posto de gasolina que tenha sido batizado com metanol e desta forma a bebida foi contaminada", explicou Dian.

Apreensões e prisões

Segundo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), as ações de fiscalização e investigação sobre a crise de intoxicação por metanol em SP resultaram em diversas prisões, apreensões e interdições de estabelecimentos.

Operações conjuntas da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária já levaram à prisão de 41 pessoas e ao fechamento de quatro fábricas clandestinas.