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Atacante é preso, acusado de participar da máfia que manipulava resultados de jogos

Por Claudio Barbosa com Globoesporte.com 06/07/2016 21h09
Atacante é preso, acusado de participar da máfia que manipulava resultados de jogos
Márcio Souza - Foto: Reprodução

As investigações em torno do grupo que manipulava resultados de jogos de futebol ainda terão continuidade, segundo informações passadas pela Polícia. Nesta quarta-feira (06), várias prisões foram feitas e a repercussão foi intensa. Conforme foi divulgado, um jogador brasileiro que atuou na Indonésia, seria o elo entre os apostadores asiáticos e os responsáveis por aliciar jogadores e técnicos no Brasil para fraudar resultados no futebol. Trata-se do atacante Márcio Souza, de 36 anos, que foi preso em Belford Roxo, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Márcio é um dos oito acusados de manipularem partidas de futebol que foram detidos pela Polícia Civil de São Paulo, que comandou a investigação. O caso está sob segredo de Justiça, mas a participação e a prisão do jogador foram confirmadas.

Segundo a investigação, Márcio Souza atuou na Indonésia por oito anos, onde teria tido contato com quadrilhas de apostadores. No Brasil, servia como ponte com intermediários responsáveis por convencer atletas e treinadores a combinar resultados. Ele jogou no país por Entrerriense (2004), Mesquita (2008) e Nova Iguaçu (2009). Nesses clubes, ele era conhecido como "Márcio Orelha".

Além de Márcio, outras sete pessoas foram presas temporariamente em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. Dois acusados não foram encontrados, um no Rio, outro no Rio Grande do Norte.

Outro atleta

Outro atleta detido foi o goleiro Carlos Luna, que no ano passado defendeu o América de São José do Rio Preto. Ele atuava como aliciador, segundo a polícia. O goleiro já teve passagens por outros clubes, como Icasa (CE) e Treze (PB).

A quadrilha atuava principalmente nas segunda e terceira divisões de São Paulo, além de torneios do Nordeste. A delegada Kelly de Andrade disse que as prisões dessa quarta fazem parte de uma fase inicial da investigação e admitiu que o esquema pode ser ainda maior.

Há suspeitas que o grupo também atuava manipulando resultados em outras importantes competições do Brasil.