Fifa multa CBF por gritos homofóbicos da torcida no jogo Brasil x Colômbia
A Fifa multou a CBF em 20 mil francos suíços (aproximadamente R$ 66 mil) por conta do comportamento de sua torcida em jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo ao entoar gritos homofóbicos. O anúncio foi feito nesta terça-feira pela entidade que, além do Brasil, multou e adotou punições contra outras dez federações.
Essa foi a primeira vez que a entidade internacional adota uma sanção dessa natureza contra o Brasil, ainda que ativistas de direitos humanos continuem a acusar a Fifa de impor uma pena "simbólica", com valores baixos. O caso brasileiro se referiu à partida contra a Colômbia, em Manaus no dia 6 de setembro. A torcida foi identificada gritando "bicha" para o goleiro adversário.
Pressionada diante da Copa do Mundo na Rússia em 2018, a Fifa quer demonstrar que está agindo contra o racismo e discriminação. Na semana passada, porém, o presidente da entidade, Gianni Infantino, decretou o fim de um grupo de trabalho que havia sido criado para lutar contra o racismo no futebol, alegando que os especialistas haviam "atingido seus objetivos".
Agora, a entidade quer mostrar que está agindo e pela primeira vez pune o Brasil. Segundo ela, procedimentos disciplinares também haviam sido abertos contra Honduras, El Salvador, México, Canadá, Chile, Argentina, Paraguai, Peru, Itália e Albânia, entre outros.
A maior das penalidades foi imposta contra o Chile que, depois de já ter sido multado, voltou a cometer infrações e agora não poderá disputar o jogo do dia 28 de março contra a Venezuela no Estádio Nacional, em Santiago. Os chilenos ainda terão de pagar mais 65 mil francos (R$ 213 mil) em multa.
Para chegar às multas, a entidade disse ter avaliado os informes dos árbitros, a postura da federação, assim como as observações de grupos que monitoram o comportamento dos torcedores.
A Fifa também indica que, em alguns casos, foi levado em conta fatores "atenuantes", como o esforço de federações para criar a consciência entre seus torcedores para se evitar atos discriminatórios.