Polícia
Sesau e Operação Sorriso realizam triagem para cirurgias de lábio leporino
Cirurgias serão realizadas a partir de sexta-feira (16), na Santa Casa de Misericórdia de Maceió
14/03/2012 18h06
Apesar de não se conhecerem e residirem em cidades diferentes, Dirceu Henrique Freire, 13 anos, e João Jorge da Silva, 38 anos, nutrem o mesmo desejo: realizar a cirurgia de lábio leporino, que irá corrigir uma fissura labial, responsável por dificuldades para se alimentar, falar e se relacionar. Para isso, nesta quarta-feira (14), eles se deslocaram de suas residências, localizadas respectivamente nas periferias de Maceió e Coruripe, a fim de realizarem uma triagem no Ambulatório Rodrigo Ramalho, que selecionou 60 alagoanos para se submeterem à intervenção cirúrgica.
O procedimento será realizado gratuitamente, graças à parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e a Operação Sorriso, uma Organização Não Governamental (ONG) que mobiliza profissionais da saúde e pessoas dedicadas em oferecer cirurgias reconstrutivas. Para Dirceu Henrique, que é estudante, e João Jorge, que trabalha na agricultura familiar, a correção da fissura labial irá mudar completamente suas vidas, já que afirmaram enfrentar muitos preconceitos, uma vez que o lábio leporino causa uma deformidade visível, podendo levar o portador a depressão.
Como se não bastasse, poucos médicos são habilitados para realizarem a cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que em hospitais e clínicas particulares chega custar mais de R$ 10 mil, segundo tabela da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Para participarem da seleção, eles compareceram ao Ambulatório Rodrigo Ramalho, onde passaram por uma triagem e foram submetidos a exames de hemograma e coagulograma, que são pré-requisitos para se submeterem às cirurgias.
“Desejo muito realizar esta cirurgia de correção, porque tenho vergonha de encarar meus colegas e até de frequentar a escola. Sou vítima de preconceito por ter lábio leporino, por isso, a cirurgia é a realização de um sonho e irá mudar minha vida”, disse o estudante Dirceu Henrique, enquanto tentava esconder a boca com uma garrafa de refrigerante e se amparava ao lado da mãe, a professora Ana Freire Vilela.
Em outra fila, o agricultor João Jorge da Silva aguarda ansioso o momento de passar pela seleção e afirmou que seu maior desejo é realizar a cirurgia corretiva. “Graças a Deus sempre fui um homem de fé e aprendi a lidar com esta adversidade. Deus não me deixou esmorecer e me deu de presente uma esposa que me ama e um filho, que já tem 15 anos”, relatou.
Cirurgias
As cirurgias serão realizadas nesta sexta-feira (16), sábado (17), domingo (18) e segunda-feira (20), na Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Os selecionados irão ficar hospedados, junto com um acompanhante, no Educandário Eunice Weaver, localizado no bairro Mangabeiras, em Maceió.
Para isso, segundo a diretora Estadual de Atenção Especializada, Lisiane Torres, o alojamento e a alimentação dos pacientes serão custeados pela Sesau. Também foi disponibilizado um fonoaudiólogo, um ortodontista e um geneticista, além de cirurgiões plásticos e bucomaxilos. Junto com a Operação Sorriso, a Sesau oferece voluntários com equipe multidisciplinar e atendimento de alto padrão, seguro e gratuito. “O objetivo é conscientizar a sociedade sobre o drama vivido por centenas de familiares, devolvendo para sempre o sorriso das crianças e oferecendo a elas a oportunidade de terem um futuro melhor”, acrescenta Lisiane Törres.
Lábio leporino
Durante a triagem, o cirurgião plástico André Mendonça, explicou que o lábio leporino é ocasionado por uma má formação congênita, carga genética ou hereditariedade. “Daí a importância do pré-natal e do aconselhamento genético em caso de casais que são parentes, principalmente de primeiro grau”.
Ainda de acordo com ele, o problema atinge uma a cada 650 crianças nascidas no Brasil, totalizando 5.800 novos casos por ano. A fissura lábio-palatal é ocasionada pelo não fechamento dessas estruturas na fase embrionária da gestação, ainda no primeiro trimestre. “O lábio fissurado é a abertura no lábio, palato ou tecido mole da parte posterior da boca, que pode estar acompanhado por uma abertura nos ossos da mandíbula e/ou na gengiva superior”, esclareceu André Mendonça.
“Ainda não são totalmente claras as causas do problema. Acredita-se que a genética tenha papel fundamental no seu surgimento, mas a desnutrição da gestante e a ingestão de medicamentos durante a gravidez também podem contribuir para o desencadeamento do lábio leporino”, ressaltou o cirurgião plástico.
O procedimento será realizado gratuitamente, graças à parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e a Operação Sorriso, uma Organização Não Governamental (ONG) que mobiliza profissionais da saúde e pessoas dedicadas em oferecer cirurgias reconstrutivas. Para Dirceu Henrique, que é estudante, e João Jorge, que trabalha na agricultura familiar, a correção da fissura labial irá mudar completamente suas vidas, já que afirmaram enfrentar muitos preconceitos, uma vez que o lábio leporino causa uma deformidade visível, podendo levar o portador a depressão.
Como se não bastasse, poucos médicos são habilitados para realizarem a cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que em hospitais e clínicas particulares chega custar mais de R$ 10 mil, segundo tabela da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Para participarem da seleção, eles compareceram ao Ambulatório Rodrigo Ramalho, onde passaram por uma triagem e foram submetidos a exames de hemograma e coagulograma, que são pré-requisitos para se submeterem às cirurgias.
“Desejo muito realizar esta cirurgia de correção, porque tenho vergonha de encarar meus colegas e até de frequentar a escola. Sou vítima de preconceito por ter lábio leporino, por isso, a cirurgia é a realização de um sonho e irá mudar minha vida”, disse o estudante Dirceu Henrique, enquanto tentava esconder a boca com uma garrafa de refrigerante e se amparava ao lado da mãe, a professora Ana Freire Vilela.
Em outra fila, o agricultor João Jorge da Silva aguarda ansioso o momento de passar pela seleção e afirmou que seu maior desejo é realizar a cirurgia corretiva. “Graças a Deus sempre fui um homem de fé e aprendi a lidar com esta adversidade. Deus não me deixou esmorecer e me deu de presente uma esposa que me ama e um filho, que já tem 15 anos”, relatou.
Cirurgias
As cirurgias serão realizadas nesta sexta-feira (16), sábado (17), domingo (18) e segunda-feira (20), na Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Os selecionados irão ficar hospedados, junto com um acompanhante, no Educandário Eunice Weaver, localizado no bairro Mangabeiras, em Maceió.
Para isso, segundo a diretora Estadual de Atenção Especializada, Lisiane Torres, o alojamento e a alimentação dos pacientes serão custeados pela Sesau. Também foi disponibilizado um fonoaudiólogo, um ortodontista e um geneticista, além de cirurgiões plásticos e bucomaxilos. Junto com a Operação Sorriso, a Sesau oferece voluntários com equipe multidisciplinar e atendimento de alto padrão, seguro e gratuito. “O objetivo é conscientizar a sociedade sobre o drama vivido por centenas de familiares, devolvendo para sempre o sorriso das crianças e oferecendo a elas a oportunidade de terem um futuro melhor”, acrescenta Lisiane Törres.
Lábio leporino
Durante a triagem, o cirurgião plástico André Mendonça, explicou que o lábio leporino é ocasionado por uma má formação congênita, carga genética ou hereditariedade. “Daí a importância do pré-natal e do aconselhamento genético em caso de casais que são parentes, principalmente de primeiro grau”.
Ainda de acordo com ele, o problema atinge uma a cada 650 crianças nascidas no Brasil, totalizando 5.800 novos casos por ano. A fissura lábio-palatal é ocasionada pelo não fechamento dessas estruturas na fase embrionária da gestação, ainda no primeiro trimestre. “O lábio fissurado é a abertura no lábio, palato ou tecido mole da parte posterior da boca, que pode estar acompanhado por uma abertura nos ossos da mandíbula e/ou na gengiva superior”, esclareceu André Mendonça.
“Ainda não são totalmente claras as causas do problema. Acredita-se que a genética tenha papel fundamental no seu surgimento, mas a desnutrição da gestante e a ingestão de medicamentos durante a gravidez também podem contribuir para o desencadeamento do lábio leporino”, ressaltou o cirurgião plástico.
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