Prefeitura suspende temporariamente a verba do Difícil Acesso e causa indignação
Professores da rede municipal de ensino de Arapiraca que trabalham na zona rural não receberão a verba do “difícil acesso” relativa ao mês de abril. Com o corte desse incentivo financeiro os professores terão que tirar do próprio bolso o valor da passagem do transporte coletivo para se deslocarem até as escolas onde estão lotados. A suspensão é temporária e os professores serão ressarcidos, mas a medida causou descontentamento entre boa parte da categoria.
De acordo com o professor Jorge Adriano do Departamento de Gerenciamento da Secretária Municipal de Educação (SME), a suspensão do recurso foi necessária para que haja um disciplinamento em relação aos valores desse incentivo financeiro. Ele explicou que há servidores que trabalham quarenta horas e recebem o mesmo valor de outros servidores que exercem apenas dezesseis horas de trabalho.
“Percebemos que existia um grande injustiça e tomamos essa decisão de suspender temporariamente o recurso para disciplinar esse repasse”, afirmou o técnico da SME.
Outra irregularidade apontada pelo professor Jorge Adriano é o número de dias trabalhados se comparado com o valor da verba do difícil acesso. Ele afirmou que tem professor que trabalha dois ou três dias e recebe o mesmo valor do profissional que se desloca cinco dias para a zona rural.
“Estamos analisando todas as situações individualmente e acreditamos que até o final de Maio teremos concluído esse processo”, afirmou Jorge Adriano.
Cerca de 280 servidores da rede municipal de ensino recebem o incentivo do Difícil Acesso. Com a revisão, parte dos servidores devem ter o valor dessa verba extra reduzido, enquanto outros vão receber proporcionalmente a distância percorrida até as unidades educacionais.
"Essa medida foi necessária para que haja esse disciplinamento, mas todos receberão o valor retroativo ao período que o Difícil Acesso ficar suspenso", finalizou Jorge Adriano.