Urubus atacando corpos em cemitério de Maceió

Em inspeção realizada no Cemitério Divina Pastora, no bairro de Novo, em Maceió, o promotor de Justiça Flávio Costa constatou a superlotação do local, que, por não caber mais corpos, enterra-os em covas rasas, permitindo a exposição de sacos com ossos ou mesmo restos mortais na superfície do terreno.
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) realizará, nesta quarta-feira (20), às 15h, uma audiência com representantes da Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano (SMCCU) e com o Instituto Médico Legal de Alagoas (IML).
A denúncia sobre as condições do cemitério foi feita ontem pela direção do IML junto às 61ª e 62ª Promotorias de Justiça da Capital, responsáveis pelo controle externo da atividade policial e pela defesa dos direitos humanos, respectivamente, ambas sob o comando do promotor Flávio Costa.
No conteúdo denunciado, constavam fotos de autoria anônima que mostravam um corpo ainda em estado de decomposição sendo atacado por urubus na parte destinada a corpos de indigente.
Ao chegar ao cemitério, o promotor não encontrou mais o corpo que aparece nas imagens, mas pode comprovar a precariedade do local.
“É possível perceber o desrespeito à dignidade humana, independentemente de serem indigentes. Nessas covas rasas, são enterrados corpos sobre corpos. O Ministério Público adotará as medidas cabíveis para resolver esta situação, tal como o fez com o Cemitério São José, até porque este campo-santo, neste estado, também coloca em risco o meio ambiente da região”, disse.
Ao lado de Flávio Costa, estava o diretor do IML, Fernando Marcelo de Paula, que também mostrou hoje ao promotor de Justiça a superlotação do Instituto.
“Estamos estrangulados. Para 12 gavetas, temos o dobro de corpos. E a demanda não para. Sabemos que o problema de superlotação do cemitério não surgiu de um dia para outro, porém é preciso solucioná-lo, até porque está tornando inviável o funcionamento do nosso órgão. Quando não for mais possível colocar os corpos no local adequado, restará o depósito em ambiente não refrigerado, o que pode espalhar um odor no entorno do prédio, prejudicando a comunidade vizinha”, alertou o médico-legista.
O diretor do Departamento de Cemitério da SMCCU, Rogério Gomes, acompanhou a inspeção e alegou desconhecimento das condições encontradas no campo-santo. “Vamos tomar as providências necessárias para corrigir o problema, a começar pelo recolhimento das peças anatômicas expostas, guardando-as num lugar seguro”, afirmou. O administrador do cemitério não apareceu no local.
Últimas notícias

Caio Bebeto condena uso de símbolo religioso em atividade escolar e chama atenção para “intolerância”

Câmeras mostram momento em que policiais salvam bebê de engasgo, em Arapiraca

Cibele Moura repudia ato de intolerância religiosa no Ifal de Palmeira dos Índios

Carlinhos Maia surpreende ao receber Lucas Guimarães em casa: “Já que está usando a casa, usa o ex também”

Ministério Público de AL aciona Estado por irregularidades no Conseg

Hospital de Emergência do Agreste promove Cine Lilás e estimula reflexões sobre situações de violência
Vídeos e noticias mais lidas

Guilherme Lopes dispara contra Beltrão: 'Penedo não deve nada a você'

Empresário arapiraquense líder de esquema bilionário perseguia juízes e autoridades, diz ex-mulher

Quem era 'Papudo': líder de facção de altíssima periculosidade morto confronto em Arapiraca

Policiais militares são presos por extorsão na parte alta de Maceió
