Agreste

Fornecedor suspende alimentação e trabalhadores do SAMU paralisam serviço

Por 7 Segundos 19/05/2016 11h11
Fornecedor suspende alimentação e trabalhadores do SAMU paralisam serviço

Os funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-192) de Arapiraca estão realizando, desta a última terça-feira (17), um ato de paralisação para reivindicar melhores condições de trabalho. De acordo com o sindicato da categoria (SindPrev), os servidores estão mantendo o serviço para não prejudicar a população. A mobilização ocorre em frente à Central Regional.

A representante do sindicato e técnica de enfermagem, Cícera Costa, informou que independente do movimento de paralisação, o atendimento do SAMU Arapiraca já é precário há vários meses. “Sabemos que é um serviço essencial e que num momento de greve, por exemplo, deve ser mantido os 30% como determina a Lei, mas aqui é como se já estivéssemos trabalhando com esta redução”, disse Cícera que informou ainda que faltam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e material básico.

Sem alimentação

Outra reclamação dos trabalhadores remete à falta de alimentação, já que o fornecedor está há vários meses sem receber e cancelou a entrega de comida esta semana. “É uma novela antiga e buscamos que essa situação seja resolvida imediatamente. É uma falta de respeito com os trabalhadores, mas queremos deixar a população tranquila de que os atendimentos serão feitos dentro das nossas condições”, frisou a sindicalista.

A secretaria de Estado da Saúde (Sesau) confirmou a paralisação e encaminhou os pedidos para uma “mesa de negociação”. Por sua vez, a categoria reclama a falta de estrutura de trabalho na Central de Arapiraca e nas Unidades Móveis de Suporte Básico (USB) e Unidade de Suporte Avançado (USA)

A assessoria da Sesau publicou uma nota, nesta quinta-feira, na página do SAMU-192 sobre o regulamento técnico dos Sistemas Estaduais de Atenção Integral às Urgências e Emergências, mas não emitiu nenhum comunicado sobre a paralisação dos trabalhadores.

Leia na íntegra:

Criado em 1998, inicialmente como Central de Regulação de Leitos (CRL), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) recebeu a nova nomenclatura em 14 de dezembro de 2003, através da Resolução 68 do Ministério da Saúde. O Samu alagoano é um dos únicos do País que está estrategicamente instalado em todo o território alagoano, com uma Base Descentralizada a cada 30 km, visando oferecer a população um atendimento pré-hospitalar eficiente.

Atualmente o Samu dispõe, somente em Maceió, de sete ambulâncias do tipo Unidade de Suporte Básico (USB) e quatro Unidades de Suporte Avançado (USA UTI móvel), uma delas para o Serviço Neonatal (o serviço é pioneiro no País); além de uma Viatura de Transporte Rápido (VTR), que serve como suporte para os casos mais graves, como apoio alternativo, além do Aeromédico (UTI Aérea), único do Norte/Nordeste que é mantido com recursos próprios do governo do Estado.

O regulamento técnico dos Sistemas Estaduais de Atenção Integral às Urgências e Emergências foi criado pela Portaria 2048/2002 do Ministério da Saúde e os objetivos são: regular as urgências e emergências; o atendimento pré-hospitalar fixo e móvel; o atendimento hospitalar; as transferências inter-hospitalares, entre outros serviços pertinentes.

Pela Portaria também existe o Núcleo de Educação em Urgência (NEU) e o Núcleo de Educação Permanente, (NEP) que são os responsáveis pelo treinamento e atualização de todo o pessoal que atua no Samu. Em Alagoas o Samu funciona com duas Centrais Regionais: uma em Maceió e outra em Arapiraca.
As Bases Descentralizadas do Samu, reguladas por Maceió são: União dos Palmares, Viçosa, São Miguel dos Campos, Porto Calvo, Coruripe, Joaquim Gomes, São Luiz do Quitunde, Maragogi, Teotônio Vilela, Rio Largo, Murici, Marechal Deodoro, Barra de Santo Antônio, Colônia de Leopoldina e São Miguel dos Milagres.

Já as Bases pertencentes à Central de Arapiraca são: Penedo, Ouro Branco, Delmiro Gouveia, Pão de Açúcar, Santana do Ipanema, Palmeira dos Índios, Cacimbinhas, Maribondo, Porto Real do Colégio, Campo Alegre, Mata Grande, Girau do Ponciano, São Sebastião, São José da Tapera, Inhapi, Piranhas, Olho D´Água do Casado, Batalha e Traipu.

Confira a entrevista em vídeo: