PSDB diz que Odebrecht fez doação legal de R$ 15 mi para campanha de 2014
Depois do relato de Marcelo Odebrecht dizendo que o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), teria lhe pedido R$ 15 milhões no final do primeiro turno da campanha eleitoral de 2014, o PSDB emitiu uma nota para defender a legalidade da doação. O partido afirmou que o valor de R$ 15 milhões foi doado oficialmente pelo grupo à campanha que tentou eleger Aécio em 2014 e que as doações feitas pela Odebrecht à campanha de Aécio foram declaradas à Justiça Eleitoral.
O PSDB destacou na nota que o depoimento não faz qualquer menção a uma contribuição via caixa dois à campanha e ainda citou que isso ficará claro após o fim do sigilo imposto às declarações do empreiteiro.
"Sobre o conteúdo do depoimento do empresário Marcelo Odebrecht ontem ao TSE, a assessoria esclarece que em nenhum momento Marcelo Odebrecht disse ter feito qualquer contribuição de caixa dois à campanha eleitoral do partido em 2014, o que ficará demonstrado após o fim do sigilo imposto às declarações", diz a nota. "R$ 15 milhões foi o valor doado oficialmente pelo grupo Odebrecht à campanha do PSDB de 2014", destaca o texto.
Como o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, publicou mais cedo, o delator e ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht relatou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira, 1º, que, inicialmente, negou o pedido de Aécio pela doação de R$ 15 milhões afirmando que o valor era muito alto, mas que o senador teria sugerido como 'alternativa' que os pagamentos fossem feitos aos seus aliados políticos.
Ainda pelo depoimento de Odebrecht, teria ficado definido no encontro com Aécio que o repasse seria discutido entre Sérgio Neves, que era superintendente da empresa em Minas, e o empresário Oswaldo Borges da Costa, apontado como tesoureiro informal do tucano. O PSDB afirmou que Oswaldo Borges nunca foi tesoureiro informal de nenhuma campanha do PSDB, "tendo atuado sempre de forma oficial".
O partido contestou outra informação publicada pela reportagem, que o valor pedido por Aécio bateria com a planilha e a troca de mensagens de Odebrecht apreendidos pela Lava Jato e que mostram o repasse de R$ 15 milhões do departamento de propina da empreiteira ao apelido 'mineirinho' que, segundo o delator Claudio Melo Filho, era uma referência a Aécio.
"O PSDB desconhece a planilha em questão, mas chama atenção para a última coluna da mesma onde fica demonstrado que, ao contrário do afirmado na matéria, quaisquer que fossem os pagamentos eventualmente ali planejados não foram realizados pois ficaram pendentes", diz o partido.
O conteúdo do depoimento de Marcelo Odebrecht está sob sigilo. A versão oficial só será divulgada pelo TSE após o STF (Supremo Tribunal Federal) liberar o conteúdo das 77 delações de ex-executivos da Odebrecht, homologadas pela Justiça em janeiro. A ação em curso no TSE foi aberta a pedido do PSDB contra a chapa Dilma/Temer. A ação pode levar à perda de mandato do presidente Michel Temer (PMDB).
Veja também
Últimas notícias
Prefeito de Arapiraca entrega nesta terça (28) ginásio no bairro Baixa Grande
Inscrições para concurso de remoção na Seduc terminam nesta terça-feira (28)
Secretaria do Trabalho divulga 2.529 vagas de emprego disponíveis no Sine Alagoas
[Vídeo] Delegado detalha farsa de mulher que inventou gravidez para aplicar golpes em Maceió
Morte do radialista e violeiro Zé Santana causa comoção no Sertão de Alagoas
Daniel Alves reaparece como pregador na Espanha: 'Fiz um pacto com Deus'
Vídeos e noticias mais lidas
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Vídeo mostra momentos antes do acidente que matou duas jovens em Arapiraca; garupa quase cai
