Ser pastor não dá dinheiro, diz Malafaia no Conexão Repórter
O pastor Silas Malafaia foi entrevistado por Roberto Cabrini no “Conexão Repórter” exibido neste domingo (12) logo após o “Programa Silvio Santos”, no SBT. O próprio pastor vinha divulgando a entrevista, afirmando que iria “mostrar tudo”.
O programa foi recheado de pautas consideradas polêmicas, mas quem conhece o trabalho do presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo não se surpreendeu com as colocações.
Na pauta, Cabrini levantou uma questão que tem incomodado o líder religioso. Ao ser questionado sobre o que lhe incomoda, Malafaia disparou: “Dizer que estou sendo acusado de lavagem de dinheiro. Isso é a maior bandidagem”.
Ele manteve o posicionamento que assumiu em seus vídeos postados nas redes sociais desde que seu nome apareceu na Operação Timóteo, realizada pela Polícia Federal.
“O processo tem mais de mil páginas, meu nome aparece em 2 linhas e meia. Eu recebi uma oferta de R$ 100 mil, depositei na minha conta, declarei ao Imposto de Renda e poderia ter usado como usei outras ofertas. Não tem nada ilegal, vou provar com toda essa documentação que sou inocente, não tenho nada a ver com esses canalhas e bandidos, que roubaram mais de 70 milhões, isso é um jogo”, reclama o pastor, que nega qualquer envolvimento com a máfia da mineração.
Falando sobre seu indiciamento, Malafaia não teme ser preso: “Não, não tem uma vírgula de motivo para isso, não tem uma prova de que eu participei de uma Operação para roubar a nação. Isso é uma infâmia, é uma safadeza, querem me denegrir porque eu sou um pastor que tem influência na sociedade”. Em depoimento à PF na semana passada, o advogado que fez a doação inocentou o pastor.
Em outro momento da entrevista, Cabrini tentou polemizar, perguntando ao pastor o que ele faria se um dos seus filhos fosse gay: “Profundamente, sem abrir mão do meu amor, mas diria para ele a verdade, dizer que está errado, porque amar não significa ser conivente. Toda a história da sociedade está sustentada por um homem, a mulher e seus filhos. A prole. Isso aqui é a sociedade, história da civilização. Querem mudar esse status, vamos ver esse resultado nas gerações futuras”.
De modo geral, o programa abordou as posturas públicas de Silas, que causam surpresa em parte da sociedade que não entende os princípios defendidos por ele. Ao mencionar sua campanha de boicote à Disney por causa da exibição do primeiro beijo gay em um desenho animado da empresa, ele reclamou: “O que a Disney quer? Beijo gay? Erotizar crianças é a coisa mais covarde que se tem. A Disney quer colocar o homossexualismo para as crianças… E eu vou me calar? Aí querem me bater. Você vai me desculpar, eu não posso me calar”.
Desde o início do programa, o repórter tentou colocar que Malafaia tem um “império” e que por ter ficado rico é acusado de ser um “mercador de almas, que visa sempre o lucro”. O pastor explicou que ele não é dono da igreja e que as pessoas que contribuem com dízimos e ofertas fazem isso “pela fé” e entendimento das Escrituras.
Cabrini então questionou como funcionaria a “indústria da fé” e se Malafaia possuía os 150 milhões de dólares que a revista Forbes alegou que ele tem. O líder da ADVEC voltou a dizer que isso não procede e deixou claro que todas as suas contas estão abertas e declaradas no Imposto de Renda. Além de mostrar os documentos na TV, sublinhou que não tem dinheiro depositado em nenhum paraíso fiscal.
Para o líder religioso, não há problema em um cristão fiel ser rico. “Deus não é contra a riqueza, Deus é contra a exploração. Deus não é contra o dinheiro, Deus é contra o amor ao dinheiro”, frisou ao repórter.
Rebatendo acusações de ser homofóbico, disse que a homofobia é algo determinada pela psiquiatria e não pelo movimento gay. Sobre suas posturas, enfatizou que “ter opinião não é crime”. Apesar das críticas, continuará se posicionando contra questões como casamento gay e aborto.
Por fim, além de mostrar o trabalho da igreja, Malafaia revelou como funciona a editora Central Gospel e os trabalhos sociais da ADVEC, um aspecto comumente ignorado pela mídia.
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