Greve geral promete parar a cidade de Arapiraca nesta sexta-feira (28)

A greve geral marcada para acontecer nesta sexta-feira (28) avançou a bandeira do ‘Fora Temer’ e alcançou setores que não são tipicamente esquerdistas, a exemplo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Para se ter uma ideia, a última greve geral foi no ano de 1996 e apesar dos seus cinco pontos reivindicatórios genéricos, a exemplo do reajuste salarial, foi uma greve contra o governo do Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Agora, 21 anos depois, a greve geral convocada pelas centrais sindicais é contra as reformas previdenciária e trabalhista e a Lei da Terceirização. Em Arapiraca, a previsão é que fechem os bancos, órgãos públicos (e até privados) e os transportes públicos e rodoviários paralisem, além de uma longa caminhada que vai percorrer o Centro da cidade com concentração às 9h na Praça Luís Pereira Lima, finalizando na Praça Marques.
O servidor público do INSS de Arapiraca e diretor do Partido dos Trabalhadores (PT), Manoel Eusébio, conversou com a reportagem do 7 Segundos e disse que este ato é um aviso ao Congresso, que se tem feito de surdo.
“Eles estão votando essas amagas reformas às escuras e nós não estamos concordando com isso”, declarou Manoel. “O mínimo que eles poderiam fazer seria discutir com as entidades representativas, durante audiências públicas, os temas, mas não, eles querem colocar de cima para baixo”.
De acordo com Eusébio, a reforma da previdência, mesmo com a nova proposta, fere o direito à aposentadoria e, ainda segundo ele, é este o motivo que está atraindo mais gente para a greve geral. Para esclarecer, a redação inicial da reforma fixava a idade mínima de 65 anos de idade para se aposentar e o trabalhador precisaria ter 49 anos de trabalho. Agora, vai precisar de 40 anos e a idade mínima para o homem é 65 anos e para a mulher 72.
Já a Lei da Terceirização, segundo o servidor público municipal e sindicalista, Abel Vicente, acaba de vez com concurso público. “A empresa não precisa mais ter obrigação trabalhista, visto que ela pode contratar um funcionário terceirizado, que é cerca de 30% mais barato que um efetivo, além de admitir e demitir quando quiser, ou seja, o trabalhador não vai ter estabilidade nenhuma”, afirmou Abel.
A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde, Administração e Serviços de Arapiraca (Sindsar), Joseana Lira, definiu todas essas mudanças como um “pacote de maldades”, inclusive os itens da reforma trabalhista – votada nessa quarta-feira pela Câmara Federal - que entre outras coisas, aumenta para 12h a jornada diária de trabalho e determina que o acordado se sobrepõe a lei.
“Ou seja, a lei não tem valor algum e na prática quem tem poder se sobrepõe a parte frágil”, finalizou.
O Sindicato dos Transportes Rodoviários, serviço público, Sindicatos dos Bancários, Sindsar, Sinteal, Sindiprev e entidades estudantis já confirmaram participação na greve geral na capital do Agreste.
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