Leandra Leal publica foto de beijo em Mariana Ximenes contra a homofobia
Depois de Guilherme Weber postar a foto de um beijo em Wagner Moura, foi a vez de Leandra Leal colocar no Instagram seu beijo em Mariana Ximenes, como parte da campanha mundial contra o preconceito contra os homossexuais. O beijo entre as duas atrizes é uma cena do filme “O Uivo da Gaita” (2013).
“No dia do silêncio, holofotes contra quem tenta silenciar o amor! Sejamos nós, o país que mais mata LGBT no mundo, ou o governo russo, que tenta calar com prisões, campos de concentração e tortura física e psicológica. Não se cale!”, escreveu a atriz.
Assim como Weber, Leandra Leal também confundiu a Rússia com a Chechênia em seu comentário. Embora a Russa tenha leis que reprimem manifestações LGBTQ, as denúncias de prisão e campos de concentração são contra o governo checheno.
Paolla Oliveira, Cauã Reymond, Mariana Ximenes, Monica Martelli e Juliano Cazarré também se manifestaram no fim de semana, engajando-se na campanha #Kiss4LGBTQRights, mas com fotos de beijos de outras pessoas. Nas postagens, eles citaram locais como a Rússia e o território da Chechênia, em que se relacionar com alguém do mesmo sexo é alvo de punições.
A campanha surgiu após o jornal de oposição russo Novaya Gazeta publicar que mais de 100 homens gays foram presos pelas autoridades chechenas nos últimos dias. Não há notícias sobre alguns deles e não se sabe se estão escondidos, presos ou mortos.
Segundo a agência francesa France 24, famílias estão sendo instruídas pela polícia local a matarem seus filhos gays sob a ordem de que precisam “limpar o seu sangue com a honra”. A ameaça das autoridades é de que se os pais não o fizerem, a polícia irá matá-los. A informação foi confirmada por uma vítima de perseguição que precisou deixar a sua cidade de origem e ir para Moscou para sobreviver aos próprios familiares.
O governo da Chechênia nega que existam os tais campos de concentração, mas a declaração oficial é de uma intolerância tão grave que respalda as denúncias, em tom que beira a promessa de genocídio. “Não se pode deter ou perseguir quem simplesmente não existe na república. Se tivesse gente assim na Chechênia, os órgãos de segurança não teriam que se preocupar com eles, já que seus familiares os enviariam a um lugar de onde nunca pudessem retornar”, disse o porta-voz do governo, Alvi Karimov.