“Polícia Civil não deve ser carcereira e sim investigadora”, diz defensor público
Delegado desmente boatos de que Central de Flagrantes está fechada
Em entrevista concedida ao rádio arapiraquense, o defensor público estadual, André Chalub, explicitou as motivações para a situação de superlotação de presos na Central de Polícia Civil de Arapiraca.
Segundo o defensor, a situação foi causada pelo próprio Estado. Ele iniciou a fala com essa frase impactante e que resume os atuais acontecimentos.
“Há uma decisão judicial que proíbe que nas celas da Casa da Custódia sejam colocados presos advindos de outras regiões. Sendo assim, os presos entrariam na Central de Polícia e posteriormente seriam transferidos para a Casa de Custódia”, disse.
No entanto, ainda de acordo com o defensor, a PC tem trazido presos de outras regiões, como por exemplo: São Miguel dos Campos. “A central de Polícia foi criada para não mais custodiar presos ficando o encargo somente da investigação. Solicitamos o emprego de multa ao secretário e estamos aguardando o desenrolar dessa situação”, informou. “Para se ter uma ideia o banheiro foi transformado em cela. Só existe um cômodo naquela unidade”, finalizou.
A redação do 7 Segundos conversou com o delegado Valdeks Pereira, gerente da área 3, que coordena a Central de Flagrantes de Arapiraca, ele informou nesta segunda-feira (22), que cinco presos, seriam levados ao sistema na última sexta-feira (19).
Entretanto, a transferência não foi concretizada em razão da paralisação dos agentes penitenciários. De acordo com o delegado, eles serão transferidos ainda na manhã de hoje.
Pereira disse ainda que já entrou em contato com o Sistema Prisional, para a disponibilização de mais dez vagas. Ele esclareceu a necessidade de aguardar autorização do juiz da Vara de Execuções Penais.
O delegado desmentiu os boatos com relação ao fechamento da Central bem como da paralização dos serviços lá prestados.