Advogados estão indignados com lentidão da justiça em Arapiraca
Para o presidente da OAB em Arapiraca, o juízado da capital do Agreste vive a base do improviso.
Nesta terça-feira (22), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção Arapiraca, acampou na porta do Primeiro Juizado Especial Cível e Criminal, situado na Avenida Deputada Ceci Cunha, bairro Alto do Cruzeiro, para demonstrar a indignação da advocacia com a morosidade da unidade que nasceu para ser célere.
De acordo com o presidente da OAB na capital do Agreste, Hector Martins, os processos têm se arrastado por anos e a sociedade fica à mercê da justiça. “O primeiro juizado está atrofiado e quem paga a conta somos nós, junto com os jurisdicionados”, disse.
No oficío enviado à juíza de direito substituta, Ana Raquel Gama, a OAB informa que o problema do Juizado Especial não são os profissionais. Para a classe advocatícia, o "calo" está na não valorização da comarca de Arapiraca pelo Tribunal de Justiça de Alagoas e pela ausência da eficiente prestação jurisdicional.
Ainda no documento, o presidente da OAB afirma que a unidade vive a base do improviso e de juízes que precisam se dividir em três ou mais varas e/ou comarcas para atender as necessidades impostas pelo TJ/AL.
“Em um juizado que acumula mais de cinco mil processos, o trabalho é desenvolvido em um dia. Os número são estarrecedores”, lamentou o advogado. “É impossível que um ser humano, ainda que de toga, consiga desenvolver com êxito três ou quatro missões simultaneamente, sobretudo a de fazer prevalcer a justiça. Algo precisa ser feito”.
Hector ainda afirma que esse sentimento não é apenas dos advogados, mas da sociedade em geral que precisa do poder judiciário para ter o direito assegurado, mas que não o tem encontrado.
Para finalizar, ele pede a atenção do presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas: "Que nossa Corte enxergue a segunda maior comarca de Alagoas com os préstimos que ela merece".