Vagas de trabalho sem carteira assinada aumentam e taxa de desemprego cai
Dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (31).

O desemprego no país foi de 12,8%, em média, no trimestre de maio a julho, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa caiu em relação ao trimestre anterior (13,6%), mas subiu na comparação com o mesmo trimestre do ano passado (11,6%).
Segundo o IBGE, a taxa de desemprego caiu no trimestre de maio a julho puxada pela geração de vagas de trabalho sem carteira assinada,
O período registrou 33,3 milhões de pessoas com carteira assinada, o mesmo número do período anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2016, houve uma queda de 2,9%, com menos 1 milhão de postos de trabalho com carteira assinada.
Para o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azevedo, a tendência à informalidade no mercado de trabalho pode ser observada, por exemplo, no aumento de 15,2% no número de pessoas trabalhando no setor de alimentação.
"Em um ano, o grupamento alojamento e alimentação teve um aumento de 683 mil pessoas", disse. "Esse acréscimo foi, mais especificamente, relacionado à alimentação. Esse é um grupamento voltado, principalmente, às pessoas que, para fugir da desocupação, estão fazendo comida em casa e vendendo na rua".
Ainda segundo o IBGE, o número de desempregados no Brasil de maio a julho foi de 13,3 milhões de pessoas. Isso representa uma melhora (-5,1%) em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2016, porém, são 1,5 milhão de pessoas a mais sem emprego, um aumento de 12,5%.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).
População ocupada
O número de pessoas com trabalho foi de 90,7 milhões entre maio e julho, aumento de 1,7% em relação ao trimestre anterior, ou 1,2 milhão de pessoas a mais. Em um ano, o total de trabalhadores caiu 0,22%, o que equivale a cerca de 500 mil pessoas.
Rendimento de R$ 2.106
O rendimento real (ajustado pela inflação) do trabalhador ficou, em média, em R$ 2.106. O valor caiu 0,24% em relação ao período anterior (R$ 2.111), mas subiu 3% comparado com o mesmo período de 2016 (R$ 2.045). O IBGE considera que houve estabilidade nas duas comparações.
Comparações
No trimestre de maio a julho de 2017, a taxa de desemprego foi de 12,8%:
no período de fevereiro a abril de 2017, havia sido de 13,6%;
no trimestre de abril a junho de 2017, havia sido de 13%;
no período de maio a julho de 2016, havia sido de 11,6%.
O número de desempregados chegou a 13,3 milhões:
no período de fevereiro a abril de 2017, havia sido de 14,1 milhões;
no trimestre de abril a junho de 2017, havia sido de 13,5 milhões;
no período de maio a julho de 2016, havia sido de 11,8 milhões.
Metodologia da pesquisa
Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. São pesquisadas 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios.
O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.
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