Ex-lateral do ASA leiloa medalha e camisas para ajudar em tratamento de sobrinha
O antigo lateral-direito da Agremiação Sportiva Arapiraquense (ASA), Pedro Silva, que em Portugal vestiu as camisas de Académica, Sporting e Portimonense e foi até há bem pouco tempo adjunto deste último clube, vai leiloar a medalha de campeão da 2ª Liga (conquistada na época passada, ao serviço do Portimonense) e várias camisas trocadas com jogadores de renome, quando servia o Sporting. A receita apurada será destinada a uma sobrinha, Sara Alves, vítima de um grave acidente em agosto de 2016 e ainda em recuperação.
"Sara tem no momento queimaduras em 60% do corpo e necessita de medicamentos caros, roupas especiais e ainda terá de ser sujeita a algumas cirurgias", publicou Pedro Silva nas redes sociais, justificando o leilão de vários objetos pessoais.
O acidente ocorreu na residência de Sara, em Brasília, conforme descreve Pedro Silva: "O pai, Roberto, estava limpando com gasolina uma mancha de tinta na garagem e por causa de uma faísca o espaço pegou fogo, com ele e a Sara lá dentro. Nosso herói abraçou a Sara e os dois dirigiram-se para fora da casa. Alguns dias depois o Roberto veio a falecer e a Sara ficou internada por três meses, lutando pela vida. Hoje nossa princesa está viva com a graça de Deus e precisando da nossa ajuda."
Pedro Silva começou por colocar em leilão uma camisola do Atlético de Madrid trocada com o avançado uruguaio Furlan, após um jogo com o Sporting, em 2009, tendo definido como valor base 350 reais (pouco menos de 100 euros). Com um intervalo de dez dias serão leiloadas outras camisas e ainda a medalha de campeão da 2ª Liga.
Pedro Silva cumpriu cinco temporadas como futebolista em Portugal, ao serviço de Académica (2005/06), Sporting (2007/08 a 2009/10) e Portimonense (2010/11), e foi adjunto do Portimonense desde 2014/15 até ao início de agosto último.
Enquanto jogador ficou ligado à polémica final da Taça da Liga de 2009, entre Benfica e Sporting, ao protagonizar um lance punido com penálti pelo árbitro Lucílio Batista, muito contestado por Pedro Silva e pelos responsáveis leoninos, que alegaram ter o defesa jogado a bola com o peito. Na cerimónia final Pedro Silva acabou por atirar a medalha de finalista para bem longe, num gesto de protesto.