Justiça

Teotônio Vilela tem sete dias para transportar lixo de forma correta

Ente público foi autuado pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) por lançar resíduos sólidos ou rejeitos in natura a céu aberto

Por 7 - Segundos - Arapiraca com TJ/AL 14/11/2017 20h08
Teotônio Vilela tem sete dias para transportar lixo de forma correta
Juíza Lívia Mattos conduziu a audiência de conciliação na manhã desta terça (14), em Teotônio Vilela. - Foto: André Risco/TJ/AL

O Município de Teotônio Vilela deve fazer o transporte do lixo da cidade de forma efetiva e adequada, até a estação de tratamento de Craíbas, no prazo de sete dias, conforme acordo firmado em audiência de conciliação realizada nesta terça-feira (14). A juíza Lívia Maria Mattos Melo Lima, titular da Comarca, conduziu a audiência, que contou com a participação da Prefeitura, do Ministério Público e do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA).

Em 9 de outubro, a magistrada proferiu decisão liminar determinando que as atividades do “lixão” de Teotônio Vilela fossem encerradas no prazo de 30 dias, sob pena de pagamento de multa diária no valor de R$ 20 mil. Segundo a juíza, essa decisão tem sido cumprida de forma parcial.

“Eles têm pego o dejeto que se encontra no lixão e levado para Craíbas, onde há uma estação de tratamento, mas em caminhões abertos e não fechados, como a legislação ambiental determina. Então, diante de várias discussões, foi dado o prazo de sete dias para que não haja mais depósitos de dejetos no solo, e para que o lixo seja recolhido e colocado nos caminhões, e de forma fechada seja conduzido diretamente à estação de tratamento”, esclareceu.

A juíza ressaltou que, se em sete dias a decisão não for cumprida na íntegra, vai passar a incidir a multa determinada na decisão anterior.

O promotor de Justiça Ramon Formiga de Oliveira disse esperar que o acordo seja cumprido. “O Ministério Público buscou resolver a questão explicando ao município a necessidade do fechamento do lixão, demonstrou todas as alternativas disponíveis no Estado para que o lixo tivesse um destino final correto que não prejudicasse o meio ambiente. No entanto, sempre houve resistência do município”, disse.

O consultor da Prefeitura Alder Flores afirmou que a área do lixão deverá funcionar, posteriormente, como uma estação de transbordo, onde serão feitos a triagem e o armazenamento temporário dos materiais separados. “Temos convicção de que na área do antigo lixão poderá funcionar uma unidade de transbordo, devidamente projetada e analisada”.