Baixo São Francisco

Elevação do Rio São Francisco deixa ribeirinhos no prejuízo em Piranhas

Estabelecimentos comerciais e outros locais foram invadidos pela água

Por Julita Bittencourt *estagiária 07/01/2018 09h09
Elevação do Rio São Francisco deixa ribeirinhos no prejuízo em Piranhas
Elevação do Rio São Francisco deixa ribeirinhos no prejuízo em Piranhas - Foto: Cortesia

A população ribeirinha de Piranhas foi surpreendida na manhã deste sábado (6) com a elevação do Rio São Francisco.

As águas chegaram a  invadir estabelecimentos comerciais causando prejuízos aos proprietários. Embarcações também foram prejudicadas, algumas até com perda total.

Além da orla, outras localidades como Entremontes, Espaço Ecológico Angicos, Ecopark também foram afetadas pela elevação das águas do Rio São Francisco.

Segundo informações, o nível do rio subiu cerca de 8 metros, o aumento não significa que chuvas tenham caído na nascente e provocado o aumento do nível do Velho Chico.

De acordo com os moradores não houve aviso prévio por parte da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF).

Representantes da Marinha estiveram na cidade para averiguar de perto os estragos e também as causas desta ocorrência.

Por outro lado, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) solicitou da CHESF um posicionamento sobre este fenômeno que prejudicou centenas de pessoas na cidade.

Em seu site oficial, a Chef postou uma nota neste sábado (06) sobre a necessidade  de elevar a geração das usinas operadas pela empresa no Rio São Francisco,  em virtude de déficit de geração eólica não previsto. Mas não se sabe ao certo, se isso foi o que provocou a elevação do rio.

Confira na íntegra:

A Chesf informa que ao final do dia 05/01/2018,  em virtude de déficit de geração eólica, não previsto, e da elevação da demanda da região Nordeste, foi necessária a elevação de geração das usinas operadas pela empresa no Rio São Francisco, para patamares superiores ao programado. Este aumento de geração na Usina de Xingó, resultou na elevação da vazão defluente atualmente praticada de 550 m3/s.

Na madrugada do dia 06/01/2018, após a redução do consumo na região Nordeste, os patamares de geração retornaram aos valores programados. De imediato foram adotadas as providências para retorno a operação previamente programada (vazão defluente na Usina de Xingó de 550 m3/s).