Chuva provoca deslizamentos de barreiras e alagamento de ruas no Recife
Chuva forte que cai desde sexta-feira (6) provocou mais transtornos no Grande Recife. A Defesa Civil da capital informou, na manhã deste domingo (8), que ocorreram 14 pequenos deslizamentos de barreiras nas Zonas Norte e Sul da cidade. Não houve vítimas. Também foram registrados pontos de alagamentos em vários bairros.
Por volta das 10h, o Corpo de Bombeiros foi acionado para averiguar a informação sobre o desaparecimento de uma criança na Rua Alto do Reservatório, em Nova Descoberta, na Zona Norte da capital. Ela foi encontrada logo depois do deslizamento. O deslizamento derrubou parte de uma casa, mas ninguém se feriu.
No bairro de Porto da Madeira, também na Zona Norte, uma equipe dos bombeiros usou um bote para avaliar a situação de pessoas que estavam ilhadas. De acordo com a corporação, a família prejudicada preferiu permanecer na área para esperar o volume de água baixar.
De acordo com a Agência Pernambucana de Água e Clima (Apac), neste sábado foi registrada uma falha no sistema de monitoramento pluviométrico da agência e, por isso, o registro dos pontos de chuva será feito na segunda-feira (9). Um radar de baixa precisão do órgão registrou em 24 horas, na capital, uma precipitação de 43 milímetros. A tendência, segundo a agência, é de manutenção das chuvas ao longo do dia.
À tarde, a Apac deve renovar o alerta de chuvas de moderadas a fortes no Grande Recife, Zona da Mata e Agreste. Caso seja confirmado, será o terceiro aviso meteorológico desde a sexta-feira.
Segundo o secretário-executivo de Defesa Civil do Recife, coronel Cássio Sinomar, foram registrados 38 chamados nas últimas horas. “A população pede reposição de proteção plástica nos morros e visórias de encostas. Até agora, não tivemos nenhuma ocorrência com maior gravidade”, declarou.
Segundo ele, houve notificação de deslizamentos em quatro bairros da Zona Norte do Recife: Dois Unidos, Nova Descoberta, Linha do Tito e Vasco da Gama. A defesa Civil também recebeu um chamado para um caso no Jordão, na Zona Sul.
Moradores de Setúbal, em Boa Viagem, relataram a queda de um muro de uma academia. Imagens foram enviadas ao WhatsApp da TV Globo. No Alto José Bonifácio, ocorreu um problema em uma obra irregular. Uma serralharia foi atingida por pedaços de um muro, segundo moradores.
A Defesa Civil do recife informou que, até as 9h40, não havia registrado essas ocorrências. O órgão assegurou que iria averiguar as informações.
Além do recife, a Apac registrou precipitações fortes em Abreu e Lima, no Grande Recife. Foram 42 milímetros. Em Ipojuca, na mesma região, o índice pluviométrico chegou a 38 milímetros, em 24 horas.
Alerta
As fortes precipitações, segundo a Apac, são causadas por dois fenômenos climáticos comuns na região durante o período do outono. O primeiro é um vórtice ciclônico de altos níveis e o outro são os distúrbios ondulatórios de leste, que trazem perturbações vindas do oceano para o continente.
Na sexta-feira, uma barreira deslizou por causa da chuva e, neste sábado, vários pontos de alagamento foram registrados na capital e cidades vizinhas.
Por causa do alerta emitido pela Apac, a Defesa Civil do Recife orienta os moradores de áreas de risco para sair dos imóveis e procurarem abrigo em locais seguros.
A Defesa Civil do Recife mantém um plantão permanente de 24 horas e pode ser acionada por meio do telefone 0800.081.3400. A ligação é gratuita. Já o acompanhamento das chuvas pode ser feito no site da Apac.
Sábado
No Recife, no sábado (7), foram registrados pontos de alagamento em diversos locais. Na Avenida Norte e em ruas do bairro de São José, no Centro, na Avenida Mascarenhas de Morais, na Zona Sul e no bairro da Madalena e na BR-101, em Jardim São Paulo, na Zona Oeste, pedestres tiveram que pôr o pé na lama para trafegar.
De acordo com a Apac, neste sábado foi registrada uma falha no sistema de monitoramento pluviométrico da agência e, por isso, o registro dos pontos de chuva será feito na segunda-feira (9).
Um radar de baixa precisão do órgão registrou, em 24 horas, chuvas de mais de 60 milímetros na capital e em Igarassu, também na Região Metropolitana. Em Jaboatão, foram ao menos 50 milímetros.