Erivaldo de Melo Lima, conhecido como Erivaldo Mandú (PP), reassumiu o cargo de prefeito de Mata Grande nesta sexta (20), após decisão da Justiça, em caráter liminar. O procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar, informou que vai recorrer da decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas. Erivaldo foi afastado em dezembro de 2017, por acusação de pagar propina a vereadores de Mata Grande em troca de apoio político.

Ao chegar na prefeitura, segundo nota enviada por assessoria, Erivaldo encontrou “móveis quebrados, documentos espalhados pelo chão”. A nota acusa ainda o vice-prefeito Franklin Lou (que assumiu a prefeitura no tempo que Erivaldo foi afastado) e integrantes da família Brandão de terem "furtado os documentos mais importantes”.

Um Boletim de Ocorrência foi prestado na delegacia da cidade e o Ministério Público já foi acionado para investigar o caso. Vale ressaltar que o MP deu prazo de 30 dias, contados a partir do último dia 11, para que a prefeitura de Mata Grande entregue os documentos necessários para a investigação Ànomos, que expediu 12 mandados de prisão por esquema que teria desviado R$ 12 milhões dos cofres municipais.

O pronunciamento afirma ainda que o vice-prefeito Franklin Lou (PP) deixou Mata Grande em estado de calamidade. “No hospital da cidade, faltam medicamentos e a última compra de remédios foi feita ainda na gestão de Mandu, no ano passado. Não existem sequer gaze e esparadrapo na unidade de saúde. Nas escolas também faltam merenda de qualidade, prejudicando os trabalhos na rede municipal de ensino”, salienta a nota.

Em decorrência da perda de documentos essenciais da gestão, como contratos de servidores e processos de pagamento, Erivaldo suspendeu todas as atividades da prefeitura de Mata Grande, ainda sem previsão de retorno.

O 7Segundos não conseguiu localizar um representante da assessoria de gestão anterior para tratar do assunto.

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