Vereadores amenizam discurso, mas pedem uma explicação de Teófilo
Terça-feira, 24 de abril de 2018. Sessão ordinária na Câmara de Vereadores de Arapiraca. Casa lotada. Apenas dois vereadores faltosos. Imprensa representada. Tensão.
A noite mais aguardada dos últimos dias, decepcionou! A minoria, claro. Porque caravanas inteiras - nunca vistas em sessões anteriores - como pontuou a vereadora Professora Graça, pareciam felizes e satisfeitas, mesmo sem saber exatamente o que faziam ali.
Metade da assembleia presente, sequer prestou atenção nas matérias lidas pela Mesa Diretora. Fosse pelo excesso de conversas, pelo calor que tomou conta do espaço, ou por se sentirem alheias aos últimos acontecimentos. Mas uma senhora, sentada num dos cantos do auditório, sabia bem: “isso não vai dar em nada”, ela comentou. E não deu mesmo!
Se na sessão do último dia 17 de abril (leia matéria aqui), o discurso dos vereadores sobre denúncias envolvendo o nome do prefeito de Arapiraca, Rogério Teófilo, pedia investigação, transparência e penalização, como num passe de mágica, transformou-se!
Situação e oposição pareciam orquestrados no propósito de destacar a lisura e o passado, sem ranhuras, do atual gestor da terra de Manoel André. Usaram o eufemismo na tribuna e as palavras chegaram a acariciar e perfumar o ambiente. Pura sinestesia.
Alguns vereadores, tentando corresponder às expectativas já dizimadas, pediram a presença de Rogério nas próximas sessões. Uma oportunidade pra que ele se defenda das supostas acusações, repercutidas pela imprensa alagoana – responsabilizada, mais uma vez, de cortar asas de anjos e derreter auréolas.
A “ouvidoria” do prefeito, reunida no fundo do auditório, pareceu ter ficado satisfeita com a ausência de novidades. E bateu em retirada quando constatou que tudo estava na mais perfeita ordem.