[Vídeo] PC deve investigar morte de PM em Arapiraca; SSP trata caso como suicídio
A Secretaria de Estado da Segurança Pública do estado de Alagoas emitiu nota oficial onde lamenta a morte da policial militar Laysa Avelino encontrada morta em sua residência, na tarde deste domingo (12), no bairro Primavera. Em nota a SSP trata a morte da soldada como suicídio, a principal hipótese da polícia, e confirma que a PM sofria de depressão.
Leia nota na íntegra:
NOTA
A Secretaria de Estado da Segurança Pública lamenta com profundo pesar o falecimento da soldado PM Laysa Alvelino dos Santos, de 29 anos. A policial cometeu suicídio em sua residência, no fim da tarde deste domingo (13), em Arapiraca.
Laysa estava em tratamento após ser diagnosticada com depressão. O Secretário da Segurança Pública, Lima Júnior, lamenta a trágica morte da militar e se solidariza com toda a corporação da Polícia Militar de Alagoas e com seus amigos e familiares.
Neste momento de dor e de reflexão, o Secretario Lima Júnior se coloca à disposição dos parentes para prestar todo apoio necessário. “Que Deus conforte os familiares, amigos e companheiros de farda da nossa policial neste momento tão difícil. Que Deus em sua infinita bondade acolha nossa irmã em sua morada eterna”, lamentou.
Laysa ingressou na Polícia Militar em 15 de outubro de 2013, integrou a Banda de Música e também prestou serviço no Policiamento Montado, na Unidade Operacional do Agreste.
O corpo de Laysa será velado na Igreja Assembleia de Deus, localizada na rua Santa Rita, bairro Brasília, e o enterro será às 16 horas no cemitério Pio XII, em Arapiraca.
O tenente-coronel Ênio Bolívar do 3º BPM, onde a Laysa era integrante da banda de música do Batalhão de Arapiraca, conversou com exclusividade com a reportagem do 7Segundos e informou que a PM já possuía acompanhamento psicológico para tratar a doença. “Na Polícia Militar, já existe um programa de acompanhamento a esses casos de depressão. A soldado Layza já estava sendo acompanhada. Nós temos um psicólogo aqui no nosso Batalhão, temos um assistente social e ela estava sendo acompanhada por um psiquiatra também. Mas, infelizmente, isso é uma doença silenciosa, que quando acomete é de forma trágica”, disse.
O comandante do 3º BPM também destacou que, segundo a OMS, as carreiras de Segurança Pública e Saúde são onde mais se encontram índices de profissionais que cometem suicídio. “Se nós compararmos com o público em geral, os dados revelam que o número de agentes da segurança pública que cometem suicídio é quatro vezes maior do que o público geral. Isso, em decorrência da vida estressante que o agente passa cotidianamente. Por isso, existem os programas de acompanhamento. Quando acontece qualquer incidente que comprometa a parte psíquica do agente, nós o tiramos da rua e a Polícia Militar dá todo este acolhimento,” ressaltou.
A Associação dos Cabos e Soldados em Alagoas (ACS/AL), também divulgou nota de pesar sobre o caso e frisou que “o presidente da entidade, Cabo Wellington, juntamente com os diretores, a Cabo Sandra Márcia (Social) e o Soldado Thiago Omena (Comunicação) estão em Arapiraca (AL) prestando toda assistência social necessária à família da policial militar.”
Confira na íntegra a nota ACS/AL
ACS Alagoas lamenta morte de Soldado Laysa, do 3º Batalhão de Arapiraca
É com muito pesar que a diretoria da Associação dos Cabos e Soldados em Alagoas (ACS/AL) lamenta a morte da jovem Soldado Laysa Avelino, que fazia parte do 3º Batalhão de Arapiraca, e faleceu neste final de semana. A referida militar entrou na corporação no ano de 2013.
O presidente da entidade, Cabo Wellington, juntamente com os diretores, a Cabo Sandra Márcia (Social) e o Soldado Thiago Omena (Comunicação) estão em Arapiraca (AL) prestando toda assistência social necessária à família da policial militar. O corpo está sendo velado na Assembleia de Deus, que fica situada no bairro Brasília. O enterro será às 16 horas no cemitério Pio XII.
É importante frisar que a ACS Alagoas dispõe de convênios com clínicas que atendem nas áreas de psiquiatria e psicologia. Caso o sócio necessite de apoio deve procurar a diretoria Social da entidade a fim de dar esse encaminhamento. Além disso, o presidente da associação irá se reunir com o Comando Geral para falar acerca desse apoio que a ACS/AL irá prestar aos militares.
Apesar dos indícios claros de suicídio, a Polícia Civil deverá investigar o caso.