Cliente acusa restaurante de preconceito e volta com moradores de rua
Gerência do estabelecimento diz que episódio foi um mal-entendido

Após ser perguntado pelo funcionário de um restaurante na Asa Norte se o sobrinho – um adolescente negro de 13 anos – seria um “menino de rua”, o tradutor de Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) Raul Ribeiro decidiu reunir um grupo de pessoas em situação de vulnerabilidade e voltar ao local um dia depois do episódio. O grupo almoçou no estabelecimento nesta quarta-feira (21/11), com todas as despesas bancadas por Ribeiro. “É assim que se combate esse tipo de preconceito”, assegura o intérprete.
De acordo com Raul, o sobrinho mora em Planaltina e foi ao centro de Brasília para aprender montagens de hardware e noções de programação. “Perguntei se ele tinha almoçado, ele disse que não, então fui sozinho até o caixa para deixar a refeição paga, quando me perguntaram se eu estava pagando a comida para um menino de rua”, narra.
Após ser perguntado pelo funcionário de um restaurante na Asa Norte se o sobrinho – um adolescente negro de 13 anos – seria um “menino de rua”, o tradutor de Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) Raul Ribeiro decidiu reunir um grupo de pessoas em situação de vulnerabilidade e voltar ao local um dia depois do episódio. O grupo almoçou no estabelecimento nesta quarta-feira (21/11), com todas as despesas bancadas por Ribeiro. “É assim que se combate esse tipo de preconceito”, assegura o intérprete.
Mesmo de longe, o adolescente escutou a conversa entre o tio e o funcionário e teria ficado chateado por ter sido confundido. “Eu não queria que ele ouvisse. No caminho, não disse nada, mas depois contou para o pai o que houve. Saímos dali rapidamente e o levei para uma lanchonete.”
No almoço com os moradores de rua promovido nesta quarta, Raul levou flores e um amigo saxofonista para animar a refeição.
“Mal-entendido”
Procurado pela reportagem, o estabelecimento disse que houve um mal-entendido por parte do cliente no episódio. Segundo a gerência do comércio, o funcionário nem sequer visualizou a criança e teria perguntado se a refeição era para uma criança de rua, pois é praxe da administração do restaurante o fornecimento de refeições a pessoas em situações vulneráveis.
O estabelecimento ressaltou ser comum que os frequentadores se dirijam diretamente ao caixa para pagar pela alimentação de pedintes e isso teria contribuído para a confusão. A pergunta, segundo o Armazém, não levou em conta a cor da pele do sobrinho de Raul e teria sido feita a qualquer cliente, pois o restaurante iria se propor a pagar. Ainda de acordo com a gerência, todos são atendidos da mesma forma, independentemente de cor ou condição social. “Ele saiu sem nos dar nenhum tipo de chance de explicar”, informou.
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