Carnes clandestinas são comercializadas livremente em Arapiraca
Associação já protocolou denúncias no Ministério Público e na própria Prefeitura
Não é de hoje que o município de Arapiraca tem sofrido com os imbróglios em relação ao abate de carne. Atualmente, o problema central é a distribuição e consumo de carnes clandestinas, comercializadas livremente e sem nenhum rigor na fiscalização do comércio varejista.
Levantamento realizado pela Associação dos Frigoríficos do Nordeste (AFIN) , mostra que mais de 60% da carne consumida é clandestina. Os abates são feitos em matagais, nos fundos de fazenda, no terreno do antigo abatedor. Além disso, no Mercado Público é facilmente identificável a entrega dessas carnes que podem ser altamente prejudiciais à saúde de quem consome.
Denunciantes também informaram que a Prefeitura colocou à disposição de uma cooperativa dos marchantes um caminhão que faz o transporte de carne clandestina. Outro problema são marchantes de Arapiraca abatendo em outras localidades, como Campo Alegre e trazendo esses produtos para serem consumidos em Arapiraca, o que é proibido.
O 7Segundos conversou com Josenildo Paes, integrante da AFIN , que esteve em Arapiraca para reivindicar um posicionamento da Prefeitura e Vigilância Sanitária do Município. Segundo ele, a resposta da gestão seria de que somente em fevereiro estratégias seriam elaboradas para combater o problema.
“Nós precisamos que a Prefeitura e seus agentes fiscalizadores, nesse caso a Vigilância Sanitária e a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (ADEAL) sejam mais rígidas no controle disso”, disse Josenildo.
A Associação já realizou uma denúncia junto ao Ministério Público e protocolou outra na própria Prefeitura.
A reportagem do 7Segundos entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Arapiraca, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.