Funcionários da Reviver comem comida estragada e são ameaçados de demissão no Presídio do Agreste
Seris afirma que não tem conhecimento da situação

Funcionários da empresa Reviver, que gerencia o Presídio do Agreste, no município de Girau do Ponciano, procuraram o 7Segundos para denunciar as péssimas condições de trabalho a que são submetidos.
Trabalhadores que conversaram com a reportagem sob a condição de anonimato, afirmam ser alvo frequente de assédio moral para que as situações que acontecem dentro da unidade prisional não venham a público. "Só continuamos trabalhando lá porque realmente precisamos do salário, mas a insatisfação é geral. 153 processos foram ajuizados por funcionários na Justiça do Trabalho, mas não foram adiante porque, durante a fiscalização, a gerência fica em cima e somos obrigados a dizer que está tudo certo, mas é mentira", declarou.
Segundo ele, os funcionários da Reviver, que estão há dois anos sem reajuste salarial, colocam a vida em risco cumprindo atribuições que deveriam ser de agentes penitenciários, como a escolta externa de funcionários. A alimentação é outro problema grave. As refeições para os trabalhadores é diferente da dos reeducandos, mas muitas vezes a qualidade é pior.
"Para os presos, a nutricionista pode mandar a comida de volta se não estiver boa, mas para a gente às vezes a comida vem estragada e somos obrigados a comer mesmo assim. E ninguém pode reclamar que é ameaçado de demissão por justa causa", disse o denunciante.
As ameaças de demissão, de acordo com ele, são constantes. Os trabalhadores da Reviver seriam tratados a gritos e as perseguições são constantes. "Não sabemos mais a quem recorrer para denunciar esse assédio moral, porque qualquer durante qualquer fiscalização que é feita no presídio, nós somos coagidos a mentir por carrascos camuflados de gerentes", declarou.
Por meio da assessoria de comunicação, a Seris respondeu às denúncias apenas declarando que desconhecer as situações ocorridas dentro do Presídio do Agreste, conforme nota enviada para a reportagem:
"A Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social informa não ter conhecimento das denúncias. O órgão Ressocializador reitera ainda que críticas e sugestões podem ser feitas por meio da Ouvidoria através do número (82) 3315-1097, ramal 2002."
Veja também
Últimas notícias

Último vídeo de entregadora antes de morrer em acidente com caminhão comove Maceió

Presidente do Equador sofre tentativa de assassinato, diz governo

DMTT celebra formação pioneira com equipe própria e reforça compromisso com a segurança viária

Senadora Dra. Eudócia preside audiência sobre financiamento de pesquisas e terapias inovadoras contra o câncer

Deputado Fabio Costa vota a favor de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil

Alfredo Gaspar tem projeto de segurança para táxis e apps aprovado
Vídeos e noticias mais lidas

Homem confessa que matou mulher a facadas em Arapiraca e diz ela passou o dia 'fazendo raiva'

Guilherme Lopes dispara contra Beltrão: 'Penedo não deve nada a você'

Empresário arapiraquense líder de esquema bilionário perseguia juízes e autoridades, diz ex-mulher

Quem era 'Papudo': líder de facção de altíssima periculosidade morto confronto em Arapiraca
