MP denuncia mais um integrante de organização de falsos médicos em AL
Pessoas sem diplomas válidos usariam documentos de terceiros para cumprir plantões médicos no interior
Mais um médico, com registro regular no Conselho Regional de Medicina (CRM), foi denunciado pelo Ministério Público Estadual como integrante da organização criminosa de falsos médicos que atuava nos municípios de Piaçabuçu e Major Izidoro. As investigações do órgão sobre o exercícío ilegal da profissão de medicina foi iniciada no ano passado.
A ação penal, que envolvia um médico e dois graduados em Medicina em países do exterior, considerados "falsos médicos", passou a incluir mais um clínico geral após a continuidade das investigações sobre o caso. Segundo o MPE, o médico é cadastrado na Casa Maternal Mãe Luiza, mas os plantões eram cumpridos na verdade pelo dois falsos médicos. O clínico geral fornecia seus dados cadastrais e conta bancária e ao, receber os pagamentos pelos plantões, repassava aos pretensos profissionais. Conforme as investigações, o esquema teria recebido R$ 65.150 da unidade de saúde.
A organização criminosa dos falsos médicos foi descoberta no ano passado, durante investigações conduzidas pelo promotor da comarca de Major Izidoro, Guilherme Diamantaras, após ouvir funcionários da Unidade Mista de Saúde dr. Ezechias Rocha, que um dos médicos plantonistas não demonstrava ter aptidão técnica necessária para exercer a função, como verificar no telefone que medicação poderia prescrever aos pacientes.
Durante as investigações, o promotor descobriu que o falso profissional estava se passando pelo irmão, falsificando documentos e induzindo as unidades de saúde ao erro. O "falso médico" apesar de ter graduação em Medicina em faculdade fora do país, não teve o diploma revalidado no Brasil e, por isso não poderia exercer a profissão no país. Esse acusado teria colocado a foto dele em documentos do irmão e chegava a atender até 200 pessoas durante um plantão. Ele e o irmão chegaram a ser presos em agosto do ano passado, junto com outro falso médico, que havia se apropriado dos documentos do pai, clínico geral com registro no CRM, para adotar mesma conduta criminosa.
O MPE acusa os dois falsos médicos e os dois médicos de formação de organização criminosa (orcrim), de embaraçar investigações de orcrim, exercício ilegal da Medicina, estelionato majorado, falsidade ideológica e lavagem de capitais. Com isso, eles pedem que os acusados paguem indenizações aos municípios de Major Izidoro e Piaçabuçu pelos valores recebidos indevidamente.
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