Larvas são encontradas em fabriqueta de queijo no município de Batalha; FPI interditou o local
A fabricação de queijo clandestina funcionava no povoado Dionel
Durante a execução das ações em defesa da saúde da população, a equipe de produtos de origem animal, da 10° etapa da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI do São Francisco), interditou uma queijaria clandestina, que funcionava no povoado Dionel, no município de Batalha. Na ação foram apreendidos 129kg de queijo coalho e alguns utensílios plásticos e em madeira, além de duas prensas. O proprietário do local, também mantinha em funcionamento uma pocilga. A queijaria estava em total desconformidade com as normas sanitárias exigidas e cometendo várias agressões ao meio ambiente. O que coloca a população da região em risco. Os fiscais flagraram o uso de utensílios enferrujados, banblonas de armazenamento sem condição de uso.
O espaço onde os queijos eram fabricados, não passava de um galpão velho, com paredes sujas e com aspecto de abandono. O salão estava infestado de moscas e até larvas foram encontradas em baixo de um dos recipientes usados para acondicionar o soro que provém da fabricação do queijo. "Todo o processamento está errado, desde o leite produzido para a fabricação dos lácteos, que provém de um rebanho sem inspeção, até a comercialização, sem controle dos órgãos competentes", disseram os técnicos da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal). "Porcos* Já a pocilga era mantida do outro lado da rua, no terreno onde fica a casa do proprietário da queijaria. Inclusive, os fiscais descobriram uma encanação que atravessava a pequena rua e servia para levar o soro que sobrava da fabricação do queijo para alimentar os porcos. Os dejetos vindos do local de criação de porcos eram jogados diretamente no leito do Rio Ipanema, que corta a cidade de batalha. "Isso gera uma cadeia de contaminação gravíssima.
O queijo é fabricado em condições péssimas, com moscas pousando no produto, animais circulando no local e trabalhadores manipulando o leite e a massa de queijo de qualquer maneira", declarou um dos técnicos. "Ou seja, o soro que vem desse queijo é contaminado, serve de alimentação para os animais, que já são criados em condições que vão de encontro a todas as precauções higiênicas e sanitárias. Inclusive com todos os dejetos da pocilga indo direto para o leito do rio. Claramente estamos diante de um crime ambiental grave que prejudica a população e um dos rios que fazem parte da bacia do São Francisco", afirmou.
A equipe emitiu um termo de aprenção e depósito com o responsável ficando como fiel depositário de quatro freezeres horizontais, sendo dois de uma porta e os outros dois com duas portas. O proprietário não se apresentou, mas foi identificado por um parente que estava no local e assinou os termos de aprenção e inutilização e o de depósito, bem como, o auto de infração emitido por falta de registro de estabelecimento. Ainda no local foram apreendidas 17 armadilhas para pescar, mais conhecidas como covos, que estavam fora das medidas estabelecidas pela legislação.