Economia

Renda fixa: segurança de poupança, com mais rentabilidade

Houve um aumento de 11,84% em relação à dezembro do ano anterior

Por Assessoria 15/08/2019 17h05
Renda fixa: segurança de poupança, com mais rentabilidade
Renda fixa: segurança de poupança, com mais rentabilidade - Foto: Assessoria

A venda de títulos públicos por meio do Tesouro Direto registrou, em dezembro de 2018, um faturamento de R$ 54,2 bilhões, de acordo com o governo federal, significando um aumento de 11,84% em relação à dezembro do ano anterior.

Esse resultado expressivo reflete uma mudança de hábitos do investidor brasileiro, que passou a buscar recursos como os investimentos em renda fixa para alcançar objetivos financeiros.

O Tesouro Direto é um programa do governo que permite que pessoas físicas adquiram títulos públicos via internet, tendo bancos e corretoras de valores como agentes intermediários. Esse produto, assim como outros ativos de renda fixa, rende mais do que a Poupança, além de reunir características que garantem proteção ao investidor.

Os títulos de renda fixa 

Como a rentabilidade do dinheiro investido segue um parâmetro previamente determinado, esse tipo de investimento é chamado de renda fixa. Há investimentos que não seguem rentabilidades preestabelecidas, como as ações, classificadas como renda variável.

Na prática, investimentos em renda fixa representam uma modalidade que permite uma rentabilidade mais controlada em relação à renda variável.

Esse controle pode ser feito de diferentes maneiras. Basta escolher o índice ao qual o investimento será atrelado. O Tesouro Direto se divide em três modalidades: o Tesouro Selic, que segue a variação da taxa básica de juros do Brasil, o Tesouro IPCA, que segue a variação do índice que mede a inflação no país, acrescida de uma taxa previamente determinada, e o Tesouro Prefixado, que rende de acordo com uma porcentagem definida no ato da compra do título.

Títulos públicos e títulos privados 

O Tesouro Direto é um tipo de título público, uma vez que é oferecido pelo governo brasileiro para custear parte de seus projetos. Existem também os títulos privados, como  os Certificados de Depósitos Bancários, conhecidos como CBDs. Estes são emitidos por bancos e, na prática, funcionam como empréstimos que as instituições fazem para serem pagos com juros. É nesse modelo que funcionam também as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).

A diferença entre eles, basicamente, é o destino do dinheiro tomado como empréstimo. Quando o investidor aplica em uma LCA, seu dinheiro é destinado a um projeto do setor do agronegócio. Nas LCIs, o recurso serve para fomentar o mercado imobiliário.

A rentabilidade da renda fixa

Em produtos de renda fixa, a rentabilidade já é conhecida de antemão. CBDs, por exemplo, podem ser prefixados, seguir o IPCA ou então acompanhar um índice chamado CDI, que refere-se à taxa de juros dos empréstimos que bancos fazem entre si.

Em geral, títulos públicos e privados são empréstimos que o investidor faz a instituições, que precisam devolvê-los com juros. Assim, cabe ao investidor escolher como será a sua remuneração e o setor de destino do dinheiro.

A segurança 

Os títulos públicos e privados possuem garantias diferentes. Os privados são assegurados pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), um mecanismo que protege o investidor de qualquer eventualidade até o limite de R$ 250 mil por CPF. Isso significa que a partir desse valor, não há garantias para o que foi investido. O Tesouro Direto conta com a garantia do Tesouro Nacional e é integral, ou seja, o ressarcimento acontece mesmo pra investimentos acima dos R$ 250 mil.

Liquide da renda fixa 

A liquidez está relacionada à facilidade de transformar um ativo em dinheiro. O Tesouro Direto tem liquidez diária, o que permite ao investidor resgatar seu dinheiro investido em até 24 horas após o pedido.

Quanto aos títulos privados, isso vai depender de cada ativo. Há títulos com liquidez diária e outros que só podem ser resgatados dentro de um prazo estabelecido.

Dicas para o investidor iniciante 

Toda essa variedade de opções costuma ser encontrada nas corretoras de valores, uma vez que os bancos tendem a oferecer produtos financeiros próprios e que às vezes são mais vantajosos para a instituição do que para o consumidor.

Boa parte das plataformas de investimento permite o cadastro gratuito. A partir de então, o cliente faz uma análise de perfil e passa a ter acesso a uma diversidade de soluções, além de orientação para investir de acordo com suas características e interesses.

Em geral, isso é feito dentro de uma estratégia que considera curto, médio e longo prazo, com os diferentes ativos sendo escolhidos em função de objetivos. Um exemplo é usar o Tesouro Selic para formar uma reserva de emergência, um CDB para viabilizar a compra de um imóvel e o Tesouro IPCA para juntar recursos para a aposentadoria.