Perícia conclui que será impossível identificar arma que matou Ágatha
Laudo da Polícia Civil conclui que projétil "é adequado a arma de fogo tipo fuzil", mas exame de balística não poderá apontar arma de onde partiu o disparo
A perícia do fragmento de bala que atingiu e provocou a morte da menina Ágatha Félix, de 8 anos, no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, concluiu que o projétil “é adequado a arma de fogo tipo fuzil”. No entanto, o exame de balística não conseguirá identificar de que arma partiu o disparo. O laudo foi apresentado nesta quarta-feira, 25, na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que investiga o caso.
Os investigadores também receberam o laudo do Instituto Médico Legal (IML), que apontou que Ágatha tinha uma perfuração nas costas e que teve como causa da morte “lacerações no fígado, rim direito e vasos do abdômen”.
Desde a morte de Ágatha, a Polícia Civil já ouviu 20 testemunhas incluindo os pais e dois tios da menina, 11 policiais militares – e não 12, como chegou a ser divulgado -, o motorista e o dono na Kombi que transportava a menina, além de outras três pessoas.
Na manhã de terça-feira 24, o motorista da Kombi voltou a afirmar que o tiro partiu de um policial militar – e que não havia tiroteio no momento do crime. “Uma criancinha foi embora por causa da irresponsabilidade do polícia”, afirmou. Foi o segundo depoimento do condutor. No primeiro, na segunda-feira, ele afirmou que outras duas crianças estavam no veículo e que, momentos antes, elas desembarcaram acompanhadas de um casal.
De acordo com o depoimento à Polícia Civil, o condutor da Kombi desceu para ajudar a família quando viu dois homens sem camisa passando numa moto. Nesse momento, ele teria visto um dos policiais presentes atirando, mas, como não havia conflito, pensou que os tiros fossem para o alto. Ele chegou a acalmar pessoas que estavam perto do cruzamento onde a Kombi havia estacionado.