Cria entrega remédio errado para paciente com paralisia cerebral em Arapiraca
De acordo com mãe, médica disse que paciente poderia ter morrido
A mãe de um paciente de 37 anos com paralisia cerebral e epilepsia denunciou que uma funcionária do Centro de Referência Integrado de Arapiraca (Cria) entregou uma medicação errada para seu filho, cujos efeitos colaterais poderiam ter sido fatais.
"A médica disse que se ele tivesse tomado o remédio, que além de ser diferente do que ele toma há mais de vinte anos tem uma dosagem muito maior, ele poderia ter morrido", afirma a dona de casa Crisete Domingos.
Ela conta que o filho, José Janelson da Silva, toma a medicação controlada desde os 11 anos de idade e que todos os meses, a médica do posto de saúde do Jardim das Paineiras emite uma receita para ter acesso aos remédios que são distribuídos pela prefeitura, por meio do Cria. Na semana passada, assim como nos outros meses, ela pediu ao marido para buscar a medicação. Quando chegou em casa, ele deixou os remédios em cima da mesa da cozinha e ela só reparou que era diferente do habitual na hora em que o filho iria tomar a medicação.
"Na hora que ele iria tomar o remédio, achei estranho quando vi a caixa em cima da mesa, porque geralmente eles mandam só a cartela com os comprimidos, sem caixa. Quando fui olhar, vi que o nome era completamente diferente. Meu marido não sabe ler e quando ele foi buscar o remédio não percebeu que entregaram errado para ele", relata a dona de casa.
Segundo ela, um dos remédios que um filho toma se chama Haldol de 1 miligrama e a medicação que veio no lugar - cujo nome ela não lembra - tinha outra composição e dosagem de 100 miligramas. Ela impediu o filho de tomar o remédio e comunicou a agente de saúde sobre o erro.
"Depois eu peguei a receita e o remédio errado e fui ao posto de saúde. Entreguei para o diretor e ele pediu para a médica prescrever uma nova receita. Como na sexta era feriado, meu filho ficou sem tomar o remédio e, na segunda, meu marido foi com a nova receita para pegar a medicação no Cria, só que a receita estava com a data vencida e vai ser preciso fazer outra", declarou.
A dona de casa afirma ter ficado preocupada com o erro cometido pelo Cria. "A sorte é que eu sei ler e percebi à tempo que o remédio não era o mesmo da receita, mas poderia acontecer com uma família em que ninguém percebesse o erro. Isso é muito grave. Um erro desse pode custar uma vida", disse.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, que encaminhou as informações para o setor responsável, apesar do feriado da Consciência Negra. Até o fechamento da matéria, não foi encaminhada resposta.
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