Agentes de trânsito de Arapiraca que deflagraram Operação Padrão no dia 13 de dezembro irão paralisar totalmente as atividades no próximo sábado e domingo, dias 1o, e 02 de fevereiro. A decisão foi confirmada pelo Sindicato dos Agentes de Trânsito (Sinatran) e é uma medida considerada extrema devido a falta de um canal de negociação entre a categoria e o município.

A paralisação dos agentes vai afetar diretamente a organização do trânsito na chegada da cavalgada da padroeira e na procissão de Nossa Senhora do Bom Conselho, que acontecem no domingo (02), e - até a tarde desta quarta-feira (29) - o município não definiu um “Plano B” para o fechamento das ruas, organização e orientação no tráfego de veículos nas adjacências do trajeto que será interditado.

Conforme a assessoria de comunicação da Superintendência Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) está tudo normalizado para a festa da padroeira e que o evento terá um *trânsito seguro e tranquilo”.

O Batalhão da Polícia Militar também não foi informado sobre a paralisação dos agentes de trânsito. Na reunião ocorrida na manhã desta quarta, para tratar dos últimos detalhes do evento, com a participação da SMTT e Secretaria Municipal da Cultura, não foi mencionada a paralisação dos agentes no planejamento.

De acordo com a assessoria, a Polícia Militar irá acompanhar o trajeto da cavalgada entre o clube Aquabol e a Concatedral e também a procissão pelas ruas de Arapiraca. 

Os agentes de trânsito deflagraram operação padrão para reivindicar melhorias salariais. Conforme o Sinatran, antes de Rogério Teófilo assumir o mandato como prefeito, ele havia se comprometido em se reunir e ouvir os pleitos da categoria, mas essa reunião nunca aconteceu. Os agentes da SMTT querem reajuste do salário-base, que atualmente é inferior ao salário mínimo e também equiparação salarial com a de agentes da SMTT de municípios do mesmo porte de Arapiraca.

Durante a operação padrão, os agentes fizeram fiscalização dos ônibus que fazem linhas urbanas e os trabalhadores que atuavam na supervisão dos colegas entregaram os cargos. Os agentes também fizeram várias manifestações e os dirigentes da SMTT pediram prazo de 30 dias para analisar e dar uma resposta sobre as reivindicações dos trabalhadores.