O titular da Delegacia de Homicídios de Arapiraca (DHA) Everton Gonçalves foi transferido de Arapiraca e agora passa a integrar o Grupo de Atuação Especial de combate a Sonegação Fiscal e Lavagem de Dinheiro (Gaesf), representando a Polícia Civil no coletivo formado também por integrantes do Ministério Público Estadual, Procuradoria Geral do Estado e Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). A vaga deixada por ele será preenchida pelo ex-delegado do Gaesf, Felipe Caldas.

Everton Gonçalves passou quatro anos na delegacia de homicídios e afirmou para o 7Segundos que espera que a transferência seja um “até breve” de Arapiraca, ressaltando que deseja voltar ao município. Nesse período, passou alguns meses acumulando a titularidade da delegacia regional e em 2018 chegou a ser convidado para trabalhar na Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e chegou a pedir autorização do Estado para ir trabalhar em Brasília, na equipe do ministro Sérgio Moro, mas o pedido foi recusado pelo governador Renan Filho.

À frente da DHA, o delegado conseguiu concluir inquéritos de homicídios que haviam sido deixados por seus antecessores. “Quando chegamos, a delegacia estava um pouco bagunçada, sem delegado há algum tempo e muitos casos acumulados. Em 2016 creio ter encontrado um passivo de 400 inquéritos inconclusos. Ao longo dos últimos quatro anos conseguimos estabelecer um bom protocolo de trabalho e junto com as instituições que gosto de agradecer, Polícia Militar, Ministério Público e Poder Judiciário, hoje passo para o delegado Felipe Caldas menos de cem inquéritos. Conseguimos prender muita gente, mandar muito criminoso para a Justiça e elucidar muitos casos. Espero Felipe Caldas consiga dar continuidade ao bom trabalho”, ressaltou.

Os delegados se encontraram na manhã desta quinta-feira (30) na DHA e trocaram informações sobre as investigações que estão transcorrendo em ambas as delegacias. Felipe Caldas afirma ter experiência na atuação em alguns inquéritos policiais de homicídios, que comandou durante sua passagem pela Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), mas que mesmo assim espera trocar conhecimentos com o delegado Everton Gonçalves, que revelou não conhecer muito sobre investigações policiais na área de sonegação fiscal.

“Já trabalhei em alguns homicídios de repercussão quando trabalhava como delegado da DEIC durante três anos e vamos tentar trazer um pouco dessa experiência e buscar mais conhecimentos junto à equipe do delegado Everton que tem mais tempo atuando neste tipo de investigação”, afirmou Felipe Caldas.