Sinteal reúne apoio administrativo de escolas municipais e pode deflagrar paralisação
Conforme sindicato, prefeitura está promovendo arrocho para reduzir contratações
Dezoito anos após o último concurso para auxiliares de serviços administrativos educacionais - merendeira e serviçais - a prefeitura de Arapiraca tenta impor um arrocho em quem atualmente exerce a função com o objetivo de reduzir a quantidade de contratos para as creches e escolas da rede municipal. Por conta disso, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteal) promove, nesta quarta-feira (05) uma assembleia para definir uma resposta da categoria, entre elas a possibilidade de paralisação.
"O município quer reduzir os custos com a contratação de pessoal de apoio e o servidor que é penalizado. Servidoras que há anos trabalham no mesmo lugar estão sendo avisadas pela direção das escolas que elas devem procurar a Secretaria Municipal de Educação porque estão sendo remanejadas. Enquanto quem fica precisa dar conta do serviço que era feito por um número maior de pessoas", explica a diretora de assuntos educacionais do Sinteal em Arapiraca, Joseane Pereira da Silva.
Conforme a sindicalista, sem explicação prévia, a prefeitura alterou a quantidade de funcionárias de apoio educacional nas escolas. Até o final do ano letivo passado, era uma funcionária para cuidar da limpeza e da merenda para cada 20 alunos de creche e cada 60 alunos das escolas da rede municipal. A partir deste ano, esse número aumentou para uma funcionária para cada 30 alunos de creche e 70 alunos do Ensino Fundamental. Por conta dessa mudança, algumas das creches do município passarão a contar com apenas uma auxilidar de serviços gerais e uma merendeira por turno.
"Aquelas que chegaram por último na escola estão sendo transferidas, sem nenhuma conversa, sem um mínimo de respeito. O município faz isso como uma maneira de economizar, acredito eu, mas não avalia que esses servidores, por conta do excesso de esforço e de trabalho, vão ficar doentes e eles irão precisar contratar para assumir as vagas, então não há economia, só falta de respeito mesmo com quem trabalha", declarou a sindicalista.
Uma funcionária de uma escola entrou em contato com o 7Segundos afirmando que a conta não leva em consideração o tamanho da escola. "Até porque mesmo os espaços que não estão sendo utilizados, continuam passando por limpeza. Na escola que trabalho mesmo, são dez salas de aula, biblioteca, banheiros, sala dos professores, salas do administrativo e pátio. O volume de trabalho já é muito grande para quem trabalha, precisaria de mais pessoas para dar conta do serviço, e não de menos", disse.
Joseane Pereira explica que o último concurso público para os cargos foi realizado em 2002 e, de lá para cá, entraram apenas alguns servidores que trabalhavam no serviço de limpeza pública, que foram remanejados para as escolas quando a prefeitura passou a terceirizar o serviço. "Além dessas realocações, como eles dizem, essas funcionárias sequer tiveram o direito às férias respeitado. Elas entraram de férias no dia 03 de janeiro e já no dia 15, a direção das escolas já estavam chamando para voltarem devido a reuniões ou para informar da transferência", declarou.
De acordo com ela, na assembleia será discutida uma mobilização da categoria contra a sobrecarga de trabalho dos funcionários de apoio educacional. "A categoria é quem vai decidir, mas a possibilidade de paralisação também será discutida", ressaltou.
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