Preço dos medicamentos pode aumentar 4% ate o final do mês, apesar da crise
O reajuste entra em vigor no próximo dia 31 de março, data de reajuste anual

Segundo previsão do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), o preço dos medicamentos deverá ter alta de 4,08%. O reajuste entra em vigor no próximo dia 31 de março, data de reajuste anual. Por enquanto, o aumento ainda não foi confirmado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Com a crise provocada pelo novo coronavírus, a expectativa é de que não haja reajustes automáticos nas farmácias e drogarias. Isso vai depender do que irão fazer os laboratórios.
O Ministério da Saúde não se pronunciou sobre uma possível revisão ou suspensão do aumento devido à pandemia da Covid-19. Se confirmado, o reajuste poderá ser aplicado em cerca de 13 mil apresentações de medicamentos disponíveis no mercado.
Normalmente, a estimativa da indústria considera os parâmetros oficiais e dificilmente apresenta discordância em relação ao índice que entra em vigor anualmente, como revela levantamento da Agência Folha Press. O percentual de reajuste é apurado com base em critérios estabelecidos pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), que também levam em conta a inflação oficial.
A média do teto do reajuste (4,08%) é calculada a partir dos três índices máximos de aumento aplicados aos produtos conforme a quantidade de concorrentes na fabricação. Medicamentos produzidos por diversos laboratórios, como são os genéricos, podem ter reajuste de até 5,21%.
Em geral, os índices de reajuste, dependendo do nível de concorrência do medicamento no mercado, são divididos em:
Nível 1 (sem evidências de concentração – genéricos – fórmula liberada): reajuste de 5,21% Nível 2 (moderadamente concentrado – concorrência média): reajuste de 4,22%
Nível 3 (muito concentrado): 3,23%
Reajuste médio ponderado: 4,08%
Segundo o Sindusfarma, o aumento médio real dos medicamentos tem ficado abaixo da inflação e do reajuste autorizado pelo governo. No acumulado de 2001 a 2019, a inflação geral somou 216,07% ante uma variação de preços dos produtos farmacêuticos de 167,19%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE. No mesmo período, o reajuste concedido pelo Governo somou 181,04%.
Em nota, o Sindusfarma sublinha que, em 2019, a inflação de medicamentos foi de 2,84%, ficando abaixo do IPCA geral de 4,31%. Isto ocorreu porque a indústria farmacêutica manteve preços e não repassou o reajuste integral autorizado pelo Governo, de 4,33%, devido à forte concorrência entre as empresas do setor e à oferta de inúmeros produtos para tratamento da mesma enfermidade. Medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma classe terapêutica (doença) são oferecidos no País por vários fabricantes e em milhares de pontos de venda.
Para o presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini, “é importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos prescritos”. O executivo pondera que, dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer. Em tempos de pandemia e crise econômica que pode levar a uma recessão global, com desemprego recorde e diminuição da renda dos trabalhadores, reajuste do preço de medicamentos é preocupante.
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