[Vídeo] Pastor evangélico enche cadeiras de igreja com fotos de fiéis e faz orações em templo vazio
Pastor Leonardo afirma que nunca havia se imaginado orar em Igreja deserta
A proibição de celebrações religiosas que promovam aglomerações deixam muitas pessoas angustiadas, mas o pastor Leonardo Tomaz, da Igreja Quadrangular localizada no bairro Brasília, em Arapiraca, encontrou uma maneira de confortar os fiéis mesmo sem a presença deles dentro do templo. Ele passou a orar todos os dias diante das fotos de fiéis e de seus familiares coladas às cadeiras do templo.
O vídeo gravado por ele mostrando as fotografias espalhadas pela Igreja viralizou e o pastor passou a receber ainda mais fotos para acrescentar em suas orações. “Nem era minha intenção que o vídeo circulasse pelas redes sociais, enviei para alguns irmãos por conta do sentimento misto de tristeza e de saudade de ter os irmãos na Igreja. Não esperava que tantas pessoas fossem tocadas, recebi muitas ligações e muitas fotos de pessoas pedindo que orassem por ela e pela família. Neste momento que estamos passando, as pessoas se sentem confortadas em saber que tem alguém orando por elas”, afirmou.
O decreto estadual que proibiu a realização dos cultos religiosos permite o funcionamento do expediente interno das igrejas e, com isso, o pastor continua indo todos os dias ao templo e também atendendo individualmente alguns fiéis que comparecem ao local. “Oramos com a certeza de que essa situação vai se resolver em breve e que iremos sair fortalecidos, abençoados e com direções novas em nossas vidas”, ressaltou.
Pastor Leonardo afirma que nunca imaginou que um dia ficaria diante de uma igreja completamente vazia no horário em que deveria conduzir os cultos, porque o local serve de refúgio para as pessoas em momentos de desespero. “Até mesmo nas guerras sempre tem um capelão para levar a Palavra para os soldados”, afirma. E concorda que, em decorrência da pandemia, as orientações para evitar a proliferação do coronavírus devem ser seguidas à risca.
“As pessoas estão preocupada com a saúde delas e de seus familiares, e com toda razão, até porque ninguém sabe o tamanho disso tudo na verdade e, por isso, todos precisam se proteger de todas as formas possíveis. Muitas pessoas se preocupam também com a economia e deveria haver também uma preocupação com a saúde emocional e espiritual das pessoas. Elas saberem que continuam sendo cobertas de oração, mesmo que não possam estar presentes à Igreja, é um alento para elas”, justificou.