Alagoas tem mais de 64 mil moradias em condições precárias
Mais de 85% dos domicílios ocupados em Aglomerados Subnormais estão em Maceió, segundo o IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, divulgou nesta terça-feira (19), um estudo do mapeamento preliminar dos Aglomerados Subnormais, feito como preparação para a operação do Censo Demográfico 2020, adiado para 2021 em razão da pandemia de Covid-19. O estudo indica que Alagoas tem mais de 64 mil domicílios ocupados em aglomerados subnormais, e a maioria está concentrada na capital, Maceió.
De acordo com o IBGE,os Aglomerados Subnormais são formas de ocupação irregular de terrenos de propriedade alheia (públicos ou privados) para fins de habitação em áreas urbanas, conhecidos no Brasil, como favela, invasão, grota, baixada, comunidade, mocambo, palafita, loteamento, ressaca, vila etc. Nos Aglomerados Subnormais, residem, em geral, populações com condições socioeconômicas, de saneamento e de moradia mais precárias.
Em Alagoas há uma estimativa de 966.293 domicílios ocupados, com a população estimada, segundo último censo, de 3.337.357 de habitantes. Dos domicílios ocupados, 64.568 são considerados domicílios ocupados em aglomerados subnormais.
Em Maceió, com uma população estimada de 1.018.948 de habitantes, são 318.364 domicílios ocupados, destes, 55.152 são em Aglomerados Subnormais, representando 17,32% dos domicílios da capital. Quando comparados aos 64.568 domicílios ocupados em Aglomerados Subnormais de todo o Estado, Maceió concentra 85,42% destes. Como agravante, muitos destes domicílios possuem uma densidade de edificações extremamente elevada, o que dificulta o isolamento social e pode facilitar a disseminação do Covid-19.
Segundo o IBGE, a divulgação do mapeamento dos Aglomerados Subnormais é antecipação de resultados, com o objetivo de fornecer à sociedade informações para o enfrentamento da pandemia do Coronavírus (Sars-CoV-2).
A estimativa de domicílios ocupados tem como ponto de partida os dados do Censo Demográfico de 2010.