Mortes naturais sobem 3 vezes mais entre negros do que brancos na pandemia
Desde o início da crise sanitária, as mortes gerais no país subiu 13%.
Dados do Portal da Transparência do Registro Civil apontam que as pessoas que se declaram pretas e pardas são as que mais morreram durante a pandemia do novo coronavírus por causas naturais.
Desde o início da crise sanitária, as mortes gerais no país subiu 13%. No entanto, o aumento dos óbitos na população ocorreu de maneira desigual, quando comparado com os dados do ano passado.
De acordo com o levantamento, o crescimento total de mortes entre pretos e pardos representa quase o triplo do aumento de óbitos entre brancos. O crescimento no total de mortes entre pretos foi de 31,1% e entre os pardos foi de 31,4%, para os brancos o índice foi de 9,3%. Já para a população indígena, o aumento foi de 13,2% e para os amarelos, 15,3%.
As informações do Portal da Transparência do Registro Civil são recolhidas das certidões de óbito repassadas aos cartórios. Ainda segundo os dados, as doenças respiratórias também fizeram mais vítimas pretas e pardas. O aumento de óbitos por insuficiência respiratória, pneumonia, septicemia e Síndrome Respiratória Grave (SRAG) e também por Covid-19, foi de 72,8% para os pardos e 70,2% para os pretos.
O número também é alto entre a população indígena, que registrou um incremento de 45,5%. O total de amarelos que morreram por essas doenças subiu 40,4%. Já entre a população que se declara branca, o crescimento foi de 24,5%.
Conforme o levantamento, os pretos e pardos também estão morrendo mais por doenças cardíacas, como derrames, infartos e paradas cardiorrespiratórias. Entre março e junho, foram registradas 13,7% mortes a mais de pretos por essas doenças e 8,4% a mais, no caso dos pardos. Já os brancos tiveram uma melhora nesse índice, que caiu 0,5% no período.
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